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terça-feira, 3 de novembro de 2020

... Vida ...


                                 Vicente Picarelliuu

Na natureza encontramos 
os mais diversos exemplos de valor à vida, 
numa dança sem fim de elementos, simples ou complexos, 
que atendendo a um propósito específico, 
dedicam o significado de sua existência 
para o bem-estar do meio ambiente 
e dos demais seres que nele habitam.
Tudo na natureza tem um propósito 
e se assim não fosse não haveria vida. 

A metáfora da lagarta,
que após um processo de metamorfose se torna borboleta, 
exemplifica bem este tema.
É difícil conceber que a fragilidade de uma lagarta 
e de sua total dependência do meio ambiente, 
em algum tempo, se transforma em uma borboleta, 
que além de bela tem o propósito de polinizar as flores 
e espalhar vida pela natureza. 

A lagarta não tem dúvida do que ela irá se tornar, 
simplesmente deixa a sua essência fluir.
Se tudo tem um propósito na natureza, 
porque a maioria dos seres humanos 
não consegue realizar o seu?
A pergunta é pertinente e sua resposta exige reflexão. 
O fato do ser humano ser infinitamente 
mais complexo que a lagarta 
invalida qualquer possibilidade de comparação. 
No entanto, a lagarta continua cumprindo o seu propósito 
e a maioria dos seres humanos não.
Ao abrir mão de um objetivo 
o ser humano o faz por medo. 
Medo de que não dê certo, de falhar, das críticas, 
de não ser aceito ou querido. 
E como diz Eckhart Tolle em seu livro O Poder do Silêncio,
 “todos os medos são medos de perder alguma coisa e, portanto, 
de se tornar menor, de ser menos”.
Como lidar com o medo, a mais primária das emoções?
Existem muitas respostas, 
mas as mais importantes 
são o autoconhecimento e a expansão da consciência.
Conhecer a si mesmo tem sido uma prerrogativa de poucos,
 porque a grande maioria não percebe 
que se não fortalecer suas próprias convicções 
estarão vivendo o sonho dos outros, 
uma forma de abrir mão da própria vida sem perceber.
Aprender, decidir, fazer e rever é o ritmo do aprendizado. 
Entender o por que você faz, como você se sente 
e quem você gostaria de ser já é o ritmo do autoconhecimento. 
Sua jornada termina 
somente quando você encontra a sua essência.
Não adianta você saber o seu nome, 
nacionalidade, cargo 
ou religião, estas informações 
só dizem respeito a sua identidade neste momento. 
Não significa, nem de longe, o propósito de uma vida. 
É preciso ir mais fundo.
Combater o medo é um começo promissor. 
Precisamos romper os padrões e crenças 
que aprendemos em nossa infância 
através da educação familiar, escolar e religiosa, 
que ainda forja os valores da sociedade 
e define os limites do que podemos ser.
Isto significa dizer que só com uma atitude consciente 
é possível transpor o muro erguido ao nosso redor 
e olhar com novos olhos 
para as possibilidades que existem do outro lado. 
A isto se dá o nome de expandir a consciência.
Coragem, confiança, relacionamento, abertura mental, 
curiosidade, comunicação, leitura, aceitação, 
liberdade e permissão, 
são alguns dos ingredientes do autoconhecimento 
que nos leva, ao longo de nossa existência, 
a conhecer o nosso propósito e viver a nossa essência.


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