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sexta-feira, 4 de setembro de 2020

... Fábula ...

                                                                 



 Fábula de Esopo ...
        ... escravo e contador de histórias que viveu na Grécia Antiga (620 a.C.- 560 a.C.)

Um jovem e desajeitado Morcego, 
caiu acidentalmente no ninho de uma Doninha, 
que com um bote certeiro, o capturou.

Atemorizado, o Morcego pediu 
que esta lhe poupasse a vida, 
embora a Doninha não quisesse lhe dar ouvidos.
Disse ela:
- Você é um Rato, e eu sou, por natureza, inimiga dos Ratos. 
Cada Rato que pego, evidentemente, me serve de jantar. 
Essa é a lei...
O infeliz Morcego tentou se explicar:
- Mas, a senhora veja bem, 
eu definitivamente, não sou um Rato...  
Veja minhas asas. 
Você já viu um Rato que é capaz de voar? 
Claro que sou apenas um tipo de pássaro,
de uma variedade, podemos afirmar, 
um tanto quanto exótica. 
Por favor me deixe ir embora...
A Doninha, olhando melhor para sua presa, 
concordou que ela não era um Rato e a deixou ir embora.
 Mas, alguns dias depois, o mesmo atrapalhado Morcego, cegamente, voltou a cair, 
dessa vez no ninho de outra Doninha.
Ocorre que essa outra Doninha, 
era inimiga declarada de todos os pássaros, 
e logo que o tinha em suas garras, 
preparou-se para abocanhá-lo.
Disse ela:
- Você é um pássaro, 
por isso mesmo, me servirá de jantar...
Exclamou o Morcego:
- O que !!! 
Eu, um pássaro?
 Isso é quase um insulto. Todos os pássaros possuem penas. 
Cadê minhas penas, você é capaz de vê-las?
 Claro que não sou nada além de um simples Rato.
E assim, o Morcego teve sua vida poupada pela segunda vez.



Moral da História 

A flexibilidade é a maior virtude dos espertos ...




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