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domingo, 20 de setembro de 2020

... Curiosidade ...


Temos e usamos certas expressões e ditados populares 
com nome de animais, 
e nem sempre sabemos como surgiram essas expressôes.
Pesquisando lendas, fábulas, tradições, 
o professor Ari Riboldi nos traz a origem dessas expressões, 
que sempre relaciona o ser humano com animais. 

   Texto extraído do livro 'O bode expiatório', do professor Ari Riboldi

Bode Expiatório

A professora chama a atenção de um aluno 
por causa de alguma estripulia na sala de aula 
e a primeira coisa que ele responde é "não fui eu". 
Então, a culpa da bagunça recai sobre aquele estudante que geralmente é mais ingênuo ou menos popular da turma. 
São em momentos como este 
que os bodes expiatórios costumam a aparecer.
O bode expiatório é alvo favorito dos zombeteiros 
e daqueles que querem fazer alguém se submeter ao ridículo, recebendo arbitrariamente as culpas pelos erros dos outros.

A expressão Bode Expiatório teve origem 
em um ritual anual da tradição judaica,
 chamado de Dia da Expiação (Iom Kippur, em hebraico), 
que pode ser lido na Bíblia, no Antigo Testamento, 
no livro Levítico, cap. 16.  

Sacerdotes levavam dois bodes ao templo de Jerusalém 
para que um deles fosse escolhido, em sorteio, 
para ser sacrificado e queimado junto com um touro 
no altar dos sacrifícios. 
O sangue de ambos era colocado nas paredes do templo.
O outro animal, livrado do sacrifício, 
tornava-se o bode expiatório, 
que virava um símbolo 
de purificação e expiação dos pecados e culpas. 
O sacerdote colocava as mãos sobre a cabeça do bode 
para confessar todos os pecados de Israel. 
Em seguida, o povo também depositava os seus erros no animal, 
que depois era abandonado ao relento no deserto. 
Dessa forma, acreditavam que acalmava-se o demônio 
e o povo ficava livre dos males cometidos.

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Estômago de Avestruz

Diz-se que tem "estômago de avestruz" 
aquele que come de tudo, de salada a carne de cobra, 
em quantidades às vezes absurdas, e nunca passa mal. 

Mas o que o avestruz tem a ver com isso?

O avestruz é a maior das aves e come de tudo, 
está sempre bicando o chão à procura de algo 
para satisfazer o seu estômago. 
E o estômago desta ave é o responsável pela sua fama.
 O estômago do avestruz 
possui um poderoso suco gástrico 
capaz de dissolver até metais. 
Aliás, a ave parece atraída por objetos brilhantes 
e os engole com facilidade.

"que dó"


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Lágrimas de Crocodilo

Você já deve ter escutado a expressão “lágrimas de crocodilo” 
em referência a alguém que chora, 
indicando que o choro é fingido, falso ou hipócrita. 
Mas por que se diz isso? 

Será que os crocodilos choram, mesmo?

 A origem da expressão é biológica. 
Mas não tem a ver com fingimento. 
Quando o crocodilo está digerindo um animal, 
a passagem deste pode pressionar com força 
o céu da boca do réptil, o que comprime suas glândulas lacrimais. Assim, enquanto ele devora a vítima, 
caem lágrimas de seus olhos. 
São lágrimas naturais, 
mas obviamente não significam 
que o animal se emocione ou sinta pena da sua presa. 
Daí vem a expressão "lágrimas de crocodilo", 
querendo dizer que, embora a pessoa chore,
 suas lágrimas não significam que ela esteja sofrendo, 
e muitas vezes são mesmo apenas um fingimento.


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Pagar o Pato

Todo mundo já ouviu a expressão "pagar o pato". 
Quem paga o pato 
arca com as consequências de ações e atitudes 
de outras pessoas. 
Mas de onde vem essa expressão popular? 
 
 A expressão pode ter se originado 
em uma história do século XV. 
Um camponês passou em frente à casa de uma mulher casada, 
com um pato na mão. 
A mulher ficou interessada em ter o pato, 
e propôs ao camponês pagá-lo com favores sexuais.
 Mas o homem queria prolongar o ato, 
enquanto a mulher achava 
que já tinham feito sexo o suficiente 
para o que julgava valer o pato. 
Os dois começaram a discutir e, 
em meio ao debate, chegou o marido da mulher, 
e quis saber porque eles discutiam. 
A mulher então explicou que a desavença 
era em função do dinheiro que faltava 
para chegar ao valor desejado pelo camponês 
para pagar o pato.
O marido deu o dinheiro. 
E, literalmente, pagou o pato.




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