Antes de tecermos o conteúdo da postagem,
quero falar um pouco sobre as imagens
que são tão criticadas por alguns,
por carregarmos essa infinidade de "fotos" esculpidas
de vários homens e mulheres
que foram exemplos edificantes para a Igreja.
Na antiguidade nossos antepassados
ainda não tinham dominado a arte da perspectiva,
seus desenhos eram todos de perfil.
Quando queriam deixar registrado
a imagem de algo ou alguém, eles lançavam mão da escultura,
que desde muito cedo eles já tinham dominado.
E foi assim que os primeiros cristãos,
conseguiram deixar expressas
as imagens dos nossos primeiros cristãos
que de alguma forma tornaram-se dignos de serem lembrados.
Isso não quer dizer que adoramos imagens.
Temos sim respeito e amor por esses cristãos
que de uma forma ou de outra deram sua vida por JESUS.
Apenas alguns exemplos.
São Sebastião é representado amarrado em uma árvore
todo flechado.
A causa da morte definitiva dele foi outra,
e difícil de moldar.
São Judas Tadeu é representado segurando um machado,
pois foi morto a machadadas.
E mais uma infindável representação de santos,
por quem cada um se apega com aquele que teve mais empatia.
Isso não quer dizer que estejamos adorando imagens.
Aproveitar o assunto e dizer que temos também
por esse mundo sem fim uma infinidade de pessoas
que também são santificadas, embora vivam no anonimato.
E com o passar do tempo,
mesmo já tendo dominado a perspectiva,
e ainda sem a fotografia,
os cristãos continuaram a representar com a escultura
a imagem daqueles que deram e viveram sua vida
por JESUS.
・:,。☆゚・:,。
Mas vamos para Santo Antonio.
A imagem que temos de Santo Antonio,
é ele segurando o Menino JESUS nos braços,
e sabemos que Santo Antonio é de um tempo bem posterior
ao de JESUS aqui na terra.
Pádua é uma cidade na região de Veneto, no norte de Itália.
Lá, na Basílica de Santo Antônio, do século XIII,
encontra-se o túmulo dele.
・:,。☆゚・:,。
Fernando Antônio de Bulhões, era seu nome de nascença.
Fernando nasceu em Lisboa, Portugal,
em 15 de agosto do ano de 1195.
De família nobre e rica, era filho único de Tereza Taveira,
e Martinho de Bulhões, oficial do exército de Dom Afonso.
Sua formação inicial foi feita pelos cônegos da Catedral de Lisboa.
Fernando gostava de estudar e de ficar mais recolhido.
Com 15 anos, Fernando ingressou
no Mosteiro de São Vicente de Fora (Lisboa),
contra a vontade de seu pai,
onde iniciou sua formação religiosa.
Morou lá por 2 anos.
Com uma grande biblioteca em mãos,
Fernando avança na sua história, pelo estudo e pela oração.
Foi transferido para Coimbra
para estudar no Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra,
ficando lá por 10 anos,
onde recebeu sólida formação filosófica e religiosa.
Em Coimbra ele foi ordenado sacerdote em 1220,
adotando o nome de Antônio.
Logo se viu o dom da palavra que transbordava
do jovem padre agostiniano.
Ele tinha conhecimento e grande poder de pregação.
Nesse mesmo ano,
se sensibilizou ao ver os despojos dos frades franciscanos
que são venerados no Mosteiro de Santa Cruz,
após serem martirizados numa missão no Marrocos,
na tentativa de evangelizar os mouros.
Resolveu então, se juntar à ordem dos Franciscanos
e recebeu o hábito de São Francisco no Convento de Olivas,
em Coimbra, com o nome de Frei Antônio.
Em uma missão foi para o Marrocos,
mas após um ano de catequese nesse país,
teve de deixa-lo devido a uma enfermidade
e seguiu para a Itália.
Em 1221, Frei Antônio viajou para Assis.
Em 1222 foi convidado para a ordenação sacerdotal em Forli,
quando fez um sermão revelando grande dom da oratória
e seu profundo conhecimento da Bíblia.
Em seguida, foi designado para difundir e evangelizar a doutrina
na região da Lombardia.
Em 1224 foi indicado por são Francisco de Assis
para lecionar Teologia na universidade de Bolonha.
Em seguida, foi enviado para a França,
onde lecionou nas universidades de Toulouse,
Montpellier e Limoges.
Em todos os lugares por onde passou,
as suas pregações encontraram forte eco popular,
pois lhe eram atribuídos feitos prodigiosos
que contribuíram para o crescimento de sua fama de santidade.
No final de 1227 Frei Antônio retornou à Itália
e até 1230 atuou como Ministro Provincial em Milão e em Pádua. Participou do Capítulo Geral em Assis,
onde assistiu o traslado dos restos mortais de São Francisco,
da Igreja de São Jorge para a nova Basílica.
Ainda em 1230, Santo Antônio solicitou ao papa
a dispensa de suas funções no cargo Provincial,
para dedicar-se à pregação e contemplação,
permanecendo no mosteiro que havia fundado em Pádua.
pregou os Sermões da Quaresma.
Em maio abençoou a cidade de Pádua.
Com uma saúde precária,
Frei Antônio recolheu-se ao convento de Arcella,
perto de Pádua, onde escreveu uma série de sermões
para domingos e dias santificados.
Santo Antônio faleceu em Pádua, Itália,
no dia 13 de junho de 1231.
Conta-se que em Lisboa
os sinos das Igrejas começaram a repicar sozinhos
e só depois o povo soube da morte do Frei.
Em 1263, seus restos mortais
foram levados para a Basílica de Santo Antônio de Pádua,
construída em sua memória.
Os milagres de Frei Antônio, ainda em vida,
lhe valeram a canonização, em 13 de maio de 1232,
onze meses depois de sua morte, pelo papa Gregório IX.
Sua canonização foi realizada na catedral de Espoleto,
sendo o processo mais rápido da história da Igreja.
Um dos milagres de Frei Antônio,
é relatado quando ele pregava aos hereges em Rimini, na Itália,
e estes não o quiseram escutar e deram-lhe as costas.
Sem desanimar, ele foi vai até a beira do rio
e continuou pregando, momento que ocorreu um milagre,
quando vários peixes se aproximaram
e colocando a cabeça fora d’água em ato de escuta.
Os hereges ficaram tão impressionados que logo se converteram.
Outro milagre de Frei Antônio é o que ele salva o pai da forca.
Estando o frei fazendo uma pregação em Pádua,
sentiu que sua presença era necessária em Lisboa.
Pediu licença para se recolher
por alguns minutos a seus aposentos,
e de não ser incomodado por nenhum motivo.
Cobriu a cabeça com o capuz e ficou em silêncio.
Neste tempo de recolhimento, ele vai a Lisboa,
onde seu pai tinha sido condenado pelo homicídio de um jovem.
O jovem, ressuscitado pelo frei, afirma a inocência de seu pai.
Após ver seu pai inocentado,
Frei Antônio volta para Pádua e retorna a sua pregação.
Nesse ato, ocorreram dois fatos miraculosos em um só.
Esteve em dois lugares ao mesmo tempo
e provou o poder de reanimar os mortos.
Outro passagem da vida de Frei Antônio
só foi revelado após a sua morte,
como ele pediu ao conde Tiso,
que o acolheu em sua casa em Pádua.
Certa noite, ao ver alguns raios de luz
saindo das frestas da porta do quarto,
o conde se aproximou e olhou pela fresta.
Compreendeu ser algo sobrenatural,
pois viu a Virgem Maria entregando o menino JESUS
aos braços do frei.
Enquanto ainda observava, aquela aparição se desfez.
Saindo do quarto e percebendo que o conde
havia presenciado a cena,
pediu a ele que só contasse o que viu após a sua morte.
Por esse fato, o santo é representado
carregando nos braços o Menino JESUS.
Durante suas pregações nas praças e igrejas,
cegos, surdos, coxos e muitos doentes ficavam curados.
A história do “Pão de Santo Antônio”
vem de um acontecimento curioso.
Frei Antônio comovia-se tanto com a pobreza
que certa vez, distribuiu aos pobres
todo o pão do convento em que vivia.
O frei padeiro ficou em apuros,
quando, na hora da refeição,
percebeu que os freis não teriam pão,
pois os pães tinham sido roubados.
Atônito, foi contar a Frei Antônio o ocorrido.
Este mandou que verificasse melhor
o lugar em que os tinha deixado.
O Irmão padeiro voltou estupefato e alegre.
Os cestos transbordavam de pão,
tanto que foram distribuídos aos freis e aos pobres.
Santo Antônio casamenteiro.
Uma jovem, desesperada por não ter dinheiro
para pagar o dote
(dinheiro que mulheres pagavam à família do marido para se casar), ajoelhou-se diante de uma imagem de Santo Antônio
e pediu que ele a ajudasse a solucionar o problema.
Segundo contam, pouco depois, moedas de ouro
teriam aparecido diante da jovem,
possibilitando o casamento.
A nossa língua é uma das partes mais frágeis do corpo,
e após a morte é das primeiras a decompor-se.
O corpo de Santo Antônio foi exumado em 8 de abril de 1263,
32 anos após sua morte.
Isso aconteceu para ser feito o translado do corpo dele
para uma Basílica construída para ele.
No ato da exumação a língua do frei Antônio estava intacta.
DEUS mostrou-nos a aprovação da missão de Frei Antônio
e em particular a sua pregação,
que ele levava a cabo através da língua e das cordas vocais.
A língua foi colocada num "tabernáculo" à parte,
protegida por vidro.
A língua e as relíquias de Santo Antônio
que ficaram em Pádua,
estão em exibição na Capela do Tesouro da Basílica.
Santo Antônio é padroeiro das cidades
de Pádua e de Lisboa.
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