Esse poema é atribuído ao poeta uruguaio Mario Benedetti,
mas nada se encontra que prove ser de autoria dele.
Não te rendas, ainda há tempo de alcançar e começar de novo,
aceitar as tuas sombras enterrar os teus medos,
largar o lastro, retomar o voo.
Não te rendas que a vida é isso, continuar a viagem,
perseguir os teus sonhos, destravar os tempos,
arrumar os escombros, e destapar o céu.
Não te rendas, por favor, não cedas.
Ainda que o frio queime, ainda que o medo morda,
ainda que o sol se esconda, e se cale o vento.
Ainda há fogo na tua alma, ainda existe vida nos teus sonhos.
Porque a vida é tua, e teu é também o desejo,
porque o quiseste e eu te amo.
Porque existe o vinho e o amor,
porque não existem feridas que o tempo não cure.
Abrir as portas, tirar os ferrolhos,
abandonar as muralhas que te protegem,
viver a vida e aceitar o desafio,
recuperar o riso, ensaiar um canto,
baixar a guarda e estender as mãos,
abrir as asas e tentar de novo,
celebrar a vida e relançar-se no infinito.
Não te rendas, por favor, não cedas.
Mesmo que o frio queime, mesmo que o medo morda,
mesmo que o sol se ponha e se cale o vento.
Ainda há fogo na tua alma,
ainda existe vida nos teus sonhos.
Porque cada dia é um novo início,
porque esta é a hora e o melhor momento.
Porque não estás só, porque eu te amo.
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