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sexta-feira, 10 de junho de 2022

... Convento de Mafra ...


João V, nasceu em 22 de outubro de 1689, 
e faleceu em 31 de julho de 1750,
(Paço da Ribeira, Lisboa, Portugal).
Apelidado de O Magnânimo, 
foi Rei de Portugal e Algarves de 1706 até à sua morte. 
Vigésimo quarto rei de Portugal, 
o seu reinado, que durou de 1707 até à sua morte em 1750, 
foi um dos mais longos da História portuguesa.  
Era filho de D. Pedro II e de D. Maria Sofia de Neuburgo.  
Foi aclamado rei a 1 de janeiro de 1707. 
Casou-se em 9 de julho de 1708 com D. Maria Ana da Áustria,
irmã do imperador austríaco Carlos III.

 
Como rei, João V empenhou-se em projetar Portugal 
como uma potência internacional.

O último feito diplomático do reinado de João V 
foi o Tratado de Madrid de 1750, 
que estabeleceu as modernas fronteiras do Brasil. 
Os vestígios do seu reinado no Brasil incluem cidades como, 
Ouro Preto, então capital do distrito do ouro das Minas Gerais,
 São João del-Rei, assim nomeada em sua honra,
 Mariana, que recebeu o nome da rainha,  
São José, a que foi dada o nome do príncipe herdeiro,
 assim como numerosas outras cidades, 
igrejas e conventos da era colonial.

O Palácio-Convento de Mafra, 
foi mandado construir como forma de agradecer 
o nascimento do seu primeiro filho varão.
Era um enorme edifício composto por uma basílica,  
um palácio real, um convento,
 e uma das mais belas bibliotecas europeias.

As 7 horas da manhã de 22 de Outubro de 1730, 
dia em que o rei fazia 41 anos de idade, 
iniciou-se a festa de consagração da Basílica, 
que se prolongaria até às 7 da manhã do dia seguinte. 
Foi servido, na ocasião, um banquete popular a 9.000 pessoas. 
As festas acabaram por se estender por mais 7 dias, 
ao som das melodias dos dois enormes carrilhões 
mandados vir de Antuérpia.

 Os Carrilhões têm em conjunto 92 sinos

e pesam cerca de 217 toneladas.

São considerados entre os melhores do mundo.

Tocam valsas e contradanças.

A forte ligação do palácio à música mantém-se até hoje. 


Surpresa,

é o primeiro sentimento que toma conta de quem chega a Mafra. 

A dimensão do Convento espanta qualquer um.          

Ele é visto ao longe, de qualquer ponto da cidade.


Os aposentos do rei foram construídos numa extremidade

e os da rainha na outra, a 232m de distância,

tendo entre eles a imponente Basílica.




 O último rei português, D. Manuel II,

dormiu no Palácio-Convento de Mafra

na última noite que passou em Portugal,

antes de partir para o exílio a 05 de outubro de 1910. 

(Dia da implementação da República)



A caça era uma das atividades eleitas pela família real,

de tal modo que tinham uma sala do Palácio

decorada só com elementos relacionados a caça.

Os terrenos que circundavam o Convento

permitiam estas grandes caçadas por serem ricos em fauna e flora.








Sala de caça, sala de jogos,

sala de música, que era a sala amarela.

Detalhes que demonstravam a ostentação da família real.







A Basílica tem o seu interior forrado a mármore.

Seis órgãos do princípio do século XIX,

que voltaram a tocar em 2010

após 11 anos em recuperação.

Foi um espetáculo lindo.

Possui 11 capelas com 450 esculturas de mármore,

45 tribunas e tem 18 portas.




⛏Orgão




A biblioteca do Convento também  impressiona.  
Possui cerca de 40 000 livros, com encadernações em couro, 
gravados em ouro, 
nisso está incluído uma segunda edição de 
"Os Lusíadas" de Luís de Camões.

Os livros, apesar do passar dos anos mantêm-se intactos,

isso, graças aos mais inesperados seguranças, os morcegos.

Os morcegos que habitam a Biblioteca do Palácio-Convento,

ajudam a manter os livros livres dos insetos

que comem o papel, a tinta e a cola dos livros,

podendo estragá-los.

Estes bichinhos, que de dia dormem, trabalham à noite,

caçando os insetos, sem interferirem no equilíbrio do ambiente. 








O Convento de Mafra era Convento e Palácio,
e isso refletia a diferença no estilo de vida 
dos monges franciscanos com o estilo de vida da família real.

Os monges viviam humildemente,

apenas com o essencial.

Tinham uma cozinha, uma botica, um hospital,

  com 16 cubículos privados de onde os pacientes

podiam ver e ouvir a missa na capela sem saírem das suas camas,

celas dos monges e artefactos de autopunição

para reprimir o pecado.



Claustro do Convento.





Convento - Palácio de Mafra



O alemão Frederic Ludwig, 
autor do projeto do Convento de Mafra.



Antiga nota de 50 Escudos
com o Convento de Mafra.





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