Do livro "O Vendedor de Sonhos" de Augusto Cury
Certa vez houve uma inundação numa imensa floresta.
O choro das nuvens
que deveriam promover a vida, dessa vez anunciou morte.
Os grandes animais bateram em retirada fugindo do afogamento, deixando até os filhos para trás.
Devastavam tudo o que estava à frente.
Os animais menores seguiam seus rastros.
De repente uma pequena andorinha, toda ensopada,
apareceu na contramão procurando a quem salvar.
As hienas vendo a atitude da andorinha, admiradas disseram:
- Você é louca!!!!!!
O que poderá fazer com um corpo tão frágil?.
Os abutres bradaram:
- Utópica!!!!!!!
Veja se enxerga a sua pequenez!.
Por onde a frágil andorinha passava, era ridicularizada.
Mas, atenta, procurava alguém que pudesse resgatar.
Suas asas batiam fatigadas,
quando viu um filhote de beija-flor
debatendo-se na água, quase se entregando.
Apesar de nunca ter aprendido mergulhar, ela se atirou na água
e com muito esforço pegou o diminuto pássaro pela asa esquerda.
E bateu em retirada, carregando o filhote no bico.
No seu retorno, com o pequeno filhote,
encontrou as hienas,
No seu retorno, com o pequeno filhote,
encontrou as hienas,
que não tardaram muito a declarar:
- Maluca!!!!
Está querendo ser heroína!.
Mas a andorinha não parou.
Muito fatigada, só descansou
após deixar o pequeno beija-flor em local seguro.
Horas depois, encontrou as hienas embaixo de uma sombra.
Fitando-as nos olhos, a andorinha falou para elas:
Fitando-as nos olhos, a andorinha falou para elas:
- Só me sinto digna das minhas asas
se eu as utilizar para fazer os outros voarem.
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