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quinta-feira, 11 de outubro de 2018

... Nossa Senhora "Aparecida" (1)





Deixando aqui fatos relacionados 
a imagem de Nossa Senhora da Imaculada Conceição,
 seu aparecimento no rio Paraíba do Sul,
e o caminho que Ela percorreu.
A imagem encontrada,
tem uma estatura de + ou - 39 cms,
e apresenta uma cor escura.


Maria, a Mãe de JESUS,
com o título de Nossa Senhora da Imaculada Conceição,
é padroeira de Portugal.
Isso fez com que por muito tempo se acreditasse,
 que a imagem encontrada no rio Paraíba do Sul,
tivesse sido trazida pelos nossos colonizadores portugueses,
e que quando partiu-se, foi descartada no rio.
Mas hoje, já encontramos relatos
que nos dizem que ela foi esculpida,
 pelo Frei Beneditino, Agostinho de Jesus (*1600- †1661),
um dos primeiros escultores a trabalhar no Brasil,
ou até mesmo, com sua supervisão, por um de seus alunos.
Entre as obras do Frei Agostinho,
 encontramos as estátuas em tamanho natural
de São Bento e de Santa Escolástica,
preservadas no Mosteiro de São Bento,
e uma Nossa Senhora da Purificação,
 no Museu de Arte Sacra de São Paulo.
Frei Agostinho, nasceu no Rio de Janeiro,
passou boa parte de sua vida
na cidade de Santana do Parnaíba,
 região da Grande São Paulo, onde, segundo estudiosos,
 confeccionou a imagem de Nossa Senhora da Conceição,
 em terracota.
A terracota é um material constituído
por argila cozida no forno,
e sua cor natural é laranja acastanhado. 
Foi Dom Clemente Maria da Silva Nigra,
que, com maestria reuniu toda obra de Frei Agostinho,
 e a partir de pesquisas minuciosas de estilemas
e demais técnicas, atribuiu a imagem de Aparecida a ele.



 Dom Pedro de Almeida, Conde de Assumar, 
vindo de Portugal,  chegou ao Rio de Janeiro 
em junho de 1717, 
 e seguiu para São Paulo por terra, 
  onde assumiria o comando
das Capitanias de São Paulo e Minas Gerais.

Em outubro de 1717, 
Dom Pedro de Almeida, conde de Assumar,
em sua viagem, fez  uma parada,
na cidade de Guaratinguetá, no vale do Paraíba.
 O jovem padre José Alves Vilela,
vigário de Guaratinguetá na época
e o povo queriam oferecer o que de melhor podiam
 ao Conde Assumar.
 Decidiram fazer uma festa,
e apesar de não ser temporada de pesca,
pediram a 3 pescadores que fossem a pesca,
para que pudessem oferecer ao conde
um lauto banquete com peixes.
Os pescadores acataram o pedido e foram a pesca.
 Lançaram suas redes por diversos vezes,
em diferentes lugares e nada de peixe. 
Os pescadores
Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso,
então rezaram para a Virgem Maria
e pediram a ajuda de DEUS,
para conseguirem levar os peixes pedidos,
pois os peixes andavam sumidos. 


Após várias tentativas infrutíferas,
desceram o curso do rio até chegarem
 ao Porto  Itaguaçu.

    Eles já estavam a desistir da pescaria
 quando João Alves jogou sua rede novamente,
no lugar que mostra a foto,
                                  bem na direção do barco,
e ao invés de peixe,
ele apanhou o corpo de uma imagem 
sem a cabeça.

Muito respeitosamente,
apesar da imagem estar sem a cabeça,
eles a deitaram no fundo do barco,
e continuaram descendo o rio,
na procura de peixes. 


 Mais ou menos 500 metros do local
onde pegaram o corpo da imagem, 
lançaram novamente a rede, e nada de peixe,
 mas viram algo como uma bolinha na rede
e pegaram para ver o que era.

Era a cabeça da imagem
que eles tinham encontrado  um pouco antes.

A cabeça encaixava perfeitamente no corpo,

sem faltar uma lasquinha que fosse.

Os pescadores contaram,
que depois de encaixarem a cabeça no corpo da imagem,
ela ficou muito pesada.
A partir daquele momento,
os três pescadores apanharam tantos peixes
que foram obrigados a voltar para o porto,
uma vez que o volume da pesca
ameaçava afundar a embarcação deles.
Este fato já foi considerado pelos pescadores,
como um milagre.
Isso aconteceu em 12 de outubro de 1717.
Terminada a pescaria, os pescadores foram para suas casas,
 levando aquela imagem,
envolta num lenço.
A casa deles ficava na chamada Colônia dos Pescadores.
O local é bem a frente da Basilica Nova,
onde hoje é um enorme estacionamento.
Tudo muito calmo, né.
Mas fotos tiradas numa terça feira pela manhã.
Aqui o monumento, alusivo ao encontro da imagem,
e provavelmente local da casa  de Felipe Pedroso.

Filipe Pedroso foi quem ficou com a imagem,
por 15 anos.
Em sua casa, arrumaram um altarzinho
e colocaram a imagem
depois de terem colado a cabeça no corpo.

A família recebia as pessoas,
 para juntos rezarem o terço e novenas.
E foi na casa dele que aconteceu o Milagre das Velas.
Numa agradável noite, serena, sem ventos,
 as duas velas que iluminavam a Imagem se apagaram.
Houve espanto entre os devotos,
e Silvana da Rocha, quando vai  acendê-las novamente,
não precisou,
pois elas acenderam sozinhas.
Hoje a imagem traz um manto.
Foi uma tradição que passou pelas gerações.
Ele  deve ter sido colocado na imagem,
 para disfarçar a emenda do pescoço.

Passados 15 anos,
já era bem grande o numero de pessoas
 que se reuniam para rezar.
Resolveram então construir um lugar,
para a Imagem receber seus devotos.
As esmolas lançadas no oratório da "imagem",
 permitiram ao vigário,
reparti-las com o devoto Felipe Pedroso,
que comprou  uma pequena fazenda em Ponte Alta,
 nas proximidades do Porto de Itaguaçu,
bem perto de onde Ela foi encontrada,
e lá ele construiu uma nova casa, 
onde entronizou, em oratório novo,
a Imagem.
                 
Com a morte de Felipe Pedroso, 
coube a seu filho Atanásio a incumbência religiosa,
 de zelar pela Imagem.
 Um pouco arredio a essas beatices,
 Atanásio achou melhor construir
fora da casa uma capelinha,
 para se ver livre das importunações dos devotos,
 e transferiu a Silvana da Rocha a guarda da Imagem. 
 Hoje, nesse lugar,
encontramos a Igreja dedicada a São Geraldo.


Com o crescimento do números de fiéis
que vinham diariamente,
rezar aos pés daquela Imagem aparecida no rio,
em 1735, o vigário de Guaratinguetá,
erigiu uma capela para Ela no alto do Morro dos Coqueiros. 
E aquela doce Imagem achada no rio,
ficou carinhosamente sendo chamada de
    Nossa  Senhora  “Aparecida 

E a capela também tornou-se pequena.


Em 1834, começaram a construir uma Igreja,
lá mesmo no Morro dos Coqueiros,
                   que hoje conhecemos como Basílica Velha.


Em 17 de dezembro de 1928,
a vila que se formou ao redor da Igreja,
 no alto do Morro dos Coqueiros
emancipou-se politicamente de Guaratinguetá
e se tornou um município,
vindo a se chamar Aparecida,
em homenagem a Nossa Senhora,
cuja devoção fora responsável pela criação da cidade.
E por muitos anos,
 essa Igreja foi a casa da Imagem aparecida no rio.
Mas o número de fiéis e visitantes foi só crescendo,
e então uma nova Igreja, bem maior,
começou a ser construída em 1955.

Na foto abaixo temos o início da construção,
da Basílica Nova no Morro das Pitas.
E foi o início de uma obra simplesmente gigantesca.

E hoje o que vemos,
é esse grande momunento,
 casa que abriga,
 a humilde Imagem, encontrada no rio.







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