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domingo, 28 de outubro de 2018

Cantinho do Brasil (República) ...



Aqui no Bloguinho terminando  uma página,
senti uma grande vontade de reler essa postagem 
de 14 de novembro de 2012.
Resolvi traze-la para o dia de hoje, 
que acredito e peço a DEUS que seja um marco
para a Ordem e Progresso do Brasil.




A palavra República tem origem no latim res publica,
cujo significado é "coisa pública".

15 de novembro de 2012
123 anos da Proclamação da República no Brasil

Para falarmos da Proclamação da República,
não podemos deixar de mostrar o cenário
 em que tudo aconteceu.

Até 15 de novembro de 1889,
D.Pedro II era quem governava o Brasil.
Ele era amado e respeitado pelo povo,
que retribuia o tratamento recebido.

Mas infelizmente alguns fatores,
que contrariavam a maneira de viver de alguns,
foram o bastante
 para o grande ato covarde da Proclamação. 

No Brasil víamos os escravagistas e os anti-escravagistas.
E a Monarquia estava do lado dos anti-escravagistas.
O Império não era a favor da Escravatura.

De alguma maneira o Império tentou minar a escravidão.
Primeiro com a Lei do Ventre Livre
e depois com a Lei dos Sexagenários.
Vejam que coisa bonita...era a "aposentadoria" para os negros.

Temia-se um terceiro Império.
D.Pedro II não tinha filhos homens
 e a Princesa Isabel, seria sua sucessora.
Mas o marido de Princesa Isabel, o francês Conde d'Eu,
era "persona" não grata aqui. 

 Quando a princesa Isabel assinou a Lei Áurea,
João Maurício Wanderley, Barão de Cotegipe,
o único senador do Império
que votou contra o projeto de abolição da escravatura,
profetizou:
 "A senhora acabou de redimir uma raça e perder um trono!"

Em  de junho de 1889, 
o presidente do Conselho de Ministros do Império,
 Afonso Celso de Assis Figueiredo, o Visconde de Ouro Preto,  percebendo a difícil situação política da Monarquia,
apresentou  à Câmara-Geral, atual Câmara dos Deputados,
um programa de reformas políticas do qual constavam,
entre outras, as seguintes medidas:
maior autonomia administrativa para as províncias,
liberdade de voto, liberdade de ensino,
redução das prerrogativas do Conselho de Estado
e mandatos não vitalícios para o Senado Federal.
As propostas do Visconde de Ouro Preto visavam preservar
o regime monárquico no país,
mas foram vetadas pela maioria dos deputados
de tendência conservadora que controlava a Câmara Geral.

Não se desejava mais
 a permanência da família Imperial aqui.


Em 09 de novembro de 1889,
 D. Pedro II promoveu um evento inesquecível,
 para 6.000 pessoas.
Foi o grande baile na Ilha Fiscal(RJ),
que ficou conhecido como o Baile da Despedida.


Neste baile
 a tripulação do navio chileno Almirante Cochrane,
 ancorado no Rio de Janeiro havia duas semanas, 
foi homenageada.
 Mas na verdade, o baile foi para  para celebrar 
as Bodas de Prata da Princesa Isabel e Conde d’Eu
 e também para mostrar
que a monarquia seguia viva e forte.
O baile foi um sucesso, tudo muito calmo,
mas D.Pedro não parecia feliz.

Depois do baile,
D. Pedro II seguiu com a família para Petrópolis.

Por trás dos bastidores
 já premeditavam o golpe militar,
 que estava previsto para 20 de novembro de 1889.
Mas foi antecipado,
 por causa de boatos espalhados pelos conspiradores.
Divulgaram que o governo  mandaria prender
Benjamin Constant Botelho de Magalhães e Deodoro da Fonseca,
 e que o Imperador, tinha escolhido Gaspar Silveira Martins,
inimigo político de Deodoro da Fonseca ,
para ser o novo chefe de governo. 
E isso foi confirmado mais tarde 
como uma mentira.
 Os republicanos
 insistiram com o Marechal Deodoro da Fonseca, 
que era um monarquista,
 para que ele chefiasse o movimento revolucionário
 que substituiria a monarquia pela república.
Por causa do boato 
e depois de muita insistência dos conspiradores, 
Deodoro da Fonseca concordou em liderar
o movimento militar.
E ao amanhecer do dia 15 de novembro,
 Deodoro iniciou o movimento de tropas do exército
 que pôs fim ao regime monárquico no Brasil.
O marechal Deodoro da Fonseca,
 saiu de sua casa,
 atravessou o Campo de Santana, 
e, do outro lado do parque 
chamou os soldados que estavam no quartel,
 onde hoje se localiza
o Palácio Duque de Caxias,
 a se rebelarem contra o governo.
Ofereceram um cavalo ao marechal, que nele montou,
 tirou o chapéu e proclamou "Viva a República!".
A proclamação ocorreu
na Praça da Aclamação (atual Praça da República),
na cidade do Rio de Janeiro,
 a capital do Império do Brasil.

                                                        Feita a Proclamação,
Marechal Deodoro desceu do cavalo,
atravessou novamente o parque e voltou para sua casa.


A manifestação prosseguiu com um desfile de tropas
pela Rua Direita, atual rua 1º de Março, até o Paço Imperial.

Os revoltosos ocuparam o quartel-general do Rio de Janeiro
e depois o Ministério da Guerra.
Depuseram o Gabinete ministerial
e prenderam seu presidente, 
o Visconde de Ouro Preto.

O Visconde de Ouro Preto, havia tentando resistir
pedindo ao comandante do destacamento local
e responsável pela segurança do Paço Imperial,
General Floriano Peixoto, 
que enfrentasse os amotinados,
 explicando ao General Floriano Peixoto
 que havia no local,
tropas legalistas em número suficiente
 para derrotar os revoltosos. 
O Visconde de Ouro Preto lembrou a Floriano Peixoto
 que este havia enfrentado tropas bem mais numerosas
na Guerra do Paraguai.
Porém, o General Floriano Peixoto
recusou-se a obedecer às ordens dadas
pelo Visconde de Ouro Preto
e justificou sua insubordinação dizendo:
 - Sim, mas lá no Paraguai tínhamos em frente inimigos
e aqui somos todos brasileiros!
Em seguida, aderindo ao movimento republicano,
 Floriano Peixoto 
deu voz de prisão ao Visconde de Ouro Preto.

Nesta mesma tarde,
 na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, 
quando foi solenemente proclamada a República,
consta que o Marechal Deodoro em seu discurso,
não dirigiu nenhuma crítica ao Imperador D. Pedro II,
e que vacilava em suas palavras.
Afinal ele era um monarquista,
homem de confiança do Imperador.

O povo em estado de choque,
assistiu a tudo estarrecido.

Os rumores chegaram em Petropolis,
e D. Pedro sem saber da extensão do acontecido,
pensando se tratar apenas de uma insatisfação,
tentou ainda organizar outro gabinete ministerial,
sob a presidência do conselheiro José Antônio Saraiva,
e retornou ao Rio. 
Chegando ao Rio 
e tomando conhecimento da gravidade dos fatos,
o Imperador triste e desiludido, num gesto de nobreza,
decidiu não oferecer resistência,
para evitar derramamento de sangue,
entre aqueles que ele considerava e muito amava. 

No dia 16 de novembro,
 o homem que havia comandado o Brasil
 durante quase meio século
recebeu um comunicado do novo governo provisório,
informando-o sobre a Proclamação da República
e dando-lhe o prazo de 24 horas para deixar o país.
Na madrugada seguinte, a bordo do navio “Alagoas”,
Pedro de Alcântara e sua família
 seguiram para o exílio na Europa,
e somente na década de 1920,
 lhes foi permitido voltar ao Brasil.



 Antes de partir, D.Pedro
escreveu uma pequena carta de despedida
                                         ao povo brasileiro.


“A vista da representação escrita, que me foi entregue hoje,
às 3 horas da tarde, resolvo,
cedendo ao império das circunstâncias,
partir, com toda a minha família, para a Europa,
deixando esta Pátria, de nós tão estremecida,
à qual me esforcei por dar constantes testemunhos
de entranhado amor e dedicação, durante quase meio século
em que desempenhei o cargo de chefe de Estado.
Ausentando-me, pois, com todas as pessoas de minha família, conservarei do Brasil a mais saudosa lembrança,
fazendo os mais ardentes votos por sua grandeza e prosperidade.
Rio de Janeiro, 16 de novembro de 1889.
D. Pedro de Alcântara.”


                                     «•´¨*•.¸¸.*«•´¨*•.¸¸.*«•´¨*•.¸¸.*  


                    O Visconde de Ouro Preto, em seu livro
             "Advento da Ditadura Militar no Brasil", escreveu:
 O Império não foi a ruína. Foi a conservação e o progresso.
  Durante meio século, manteve íntegro, tranquilo
e unido território colossal.
O império converteu um país atrasado e pouco populoso
em grande e forte nacionalidade,
 primeira potência sul-americana,
 considerada e respeitada em todo o mundo civilizado.
Aos esforços do Império, principalmente,
devem três povos vizinhos o desaparecimento do despotismo
mais cruel e aviltante.
O Império aboliu de fato a pena de morte,
extinguiu a escravidão, deu ao Brasil glórias imorredouras,
paz interna, ordem, segurança e, mas que tudo,
liberdade individual como não houve jamais em país algum.
Quais as faltas ou crimes de dom Pedro II,
que em quase cinquenta anos de reinado
 nunca perseguiu ninguém,
 nunca se lembrou de uma ingratidão,
 nunca vingou uma injúria,
 pronto sempre a perdoar, esquecer e beneficiar?
Quais os erros praticados
 que o tornou merecedor da deposição
e exílio quando, velho e enfermo,
mais devia contar com o respeito e a veneração
de seus concidadãos?
A república brasileira, como foi proclamada,
é uma obra de iniquidade.
A república se levantou
sobre os broqueis da soldadesca amotinada,
vem de uma origem criminosa,
realizou-se por meio de um atentado
 sem precedentes na história
e terá uma existência efêmera!





Um comentário:

  1. Que página bonita.
    Li aqui, coisas que desconhecia. Muito inteligente esse cantinho. Parabens.

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