Quando vou escrever sobre o Nanometrinho,
meu filho é o meu crítico mais acirrado.
Segundo ele, sou simpatizante do vírus, que torço por ele.
Não vou negar que tenho carinho e simpatia por ele,
pois ele não é o vilão da história.
Nós e nosso comportamento
é que dão a ele espaço para se expandir.
O Nanometrinho ouviu lá do outro lado do mar,
que aqui no Brasil em abril, teria carnaval.
Ele prontamente pegou uma fantasia chamada de XE,
e veio para o Brasil.
・:,。☆゚・:,。
Brincadeiras a parte, pois o assunto é sério.
Uma recombinação do Nanometrinho
ocorre quando um indivíduo é infectado
com duas ou mais variantes ao mesmo tempo,
resultando em uma mistura de seu material genético
dentro do corpo do hospedeiro.
Depois do surgimento da Deltacron,
mistura entre a Delta e a Ômicron,
uma nova recombinação genética apareceu.
Embora ainda sejam necessários mais estudos sobre a descoberta,
a Organização Mundial da Saúde (OMS)
afirma que a subvariante conhecida como XE
(recombinante da BA.1 e BA.2 da Ômicron)
pode ser mais infecciosa
dentre todas as versões já identificadas
do novo coronavírus até o momento.
Especialistas consultados acreditam que novas cepas
e recombinações poderão surgir.
Desde que foi descoberta no Reino Unido,
em meados de janeiro,
mais de 700 casos já foram associados ao recombinante,
segundo autoridades britânicas.
Embora no Brasil a situação tenha se estabilizado,
China, Reino Unido, Alemanha e França, por exemplo,
voltaram a registrar aumento de infecções
causadas pela Ômicron e subvariantes.
O que é a subvariante XE?
A subvariante XE é um recombinante
que mistura materiais genéticos da BA.1, cepa original da Ômicron
e da BA.2, uma subvariante da Ômicron.
Ou seja, uma pessoa pode ser infectada simultaneamente
por duas sublinhagens de uma mesma variante.
A situação também pode acontecer sendo duas cepas diferentes,
como foi o caso da Deltacron.
Desde que foi detectada pela primeira vez no Reino Unido
em 19 de janeiro, as autoridades de saúde britânicas
detectaram mais de 700 casos da subvariante XE.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS),
os primeiros testes mostraram que poderia ser mais transmissível. Especialistas tentam agora estabelecer se ela é mais contagiosa
ou se provoca sintomas mais graves
do que outras variantes ou subvariantes.
De acordo com as últimas estatísticas
divulgadas pela Agência de Segurança da Saúde do Reino Unido (UKHSA),
foram detectados 763 casos da Ômicron XE
no Reino Unido até 22 de março.
O país tem registrado aumento de infecções,
sendo a maioria no sul e sudeste da Inglaterra,
assim como em Londres.
No começo de abril
o país já apresentou um elevado número da doença,
segundo o Instituto Nacional de Estatística (ONS),
e as autoridades relacionam esse aumento
ao relaxamento das restrições para conter a pandemia.
Acredita-se que a maioria das variantes e subvariantes
deixarão de existir de forma relativamente rápida.
Pois nesse esforço de se recombinarem,
acredita-se que a tendência é acontecer
um enfraquecemimento do Nanometrinho.
Mas como ele continua sendo um mistério,
pode acontecer de eclodir um Nanometrinho catastrófico.
Este recombinante XE
tem apresentado taxa de crescimento variável.
Até agora não há evidências suficientes
para se tirar conclusões sobre a transmissibilidade,
gravidade ou eficácia da vacina.
Ainda não há dados sobre a efetividade das vacinas atuais
na proteção contra a subvariante XE.
- 08 de abril de 2022 -
Foi identificado
o caso de mais uma variante do Nanometrinho no Brasil.
O Instituto Butantan informou
que encontrou uma pessoa infectada com a subvariante
denominada XE,
que mistura duas variantes da Ômicron.
Isso foi confirmado pelo Ministério da Saúde,
que divulgou nota
anunciando que recebeu a notificação do Instituto Butantan.
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