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segunda-feira, 18 de abril de 2022

... Ah !!! ...





O texto foi escrito por Camille, 
personagem de Augusto Cury em seu livro “As armadilhas da mente”. 
Expressa um sentimento de nostalgia que nos acomete de tempos em tempos. 
Mas o que está por trás dessa nostalgia? 
O que ela tanto anseia? 
Que sentimento é esse que nos arremete a um passado longínquo 
em que a liberdade e a paz eram os nossos principais norteadores de vida.


Tenho saudades de quando o receio não me controlava, 
nem a crítica me perturbava ...
Do tempo em que comia chocolate sem me preocupar 
e, livre, andava sob a chuva e não ligava de me molhar. 
Ah, que saudades…

De quando tomava sorvete com o nariz escorrendo, 
do som “o papai chegou” que me fazia sair correndo.
Do tempo em que me doava sem me importar em receber 
e, livre, não usava a culpa para me prender. 
Ah, que saudades…

De quando não sofria por antecipação por nada 
e ninguém vendia a paz do coração.
Do tempo em que meus sonhos faziam o mundo parar 
e, livre, não tinha receio de chorar nem de arriscar. 
De muitas coisas tenho saudades, 
mas a que mais cala fundo
 é a saudade que tenho de mim… 
E quando bate essa saudade no peito, penso 💭:
 se eu pudesse viver outra vez, arriscaria mais ser feliz.
Deixaria o vento revoar meus cabelos, 
teria menos receio de ser estúpida 
e apostaria mais em quem falha, 
pois não há mentes difíceis, mas chaves erradas.
E, tolerante, cobraria pouco dos outros, 
e, generosa, muito menos de mim. 
Mas não. 
Como não posso viver outra vez, 
quero ao menos dilatar o tempo, fazer de cada dia um mês,
Deixar de ser escrava do futuro, 
homenagear cada minuto no presente 
e agradecer a pessoa que amo, por existir, 
mas, acima de tudo, quero trair a morte. 
Como? 
Sendo uma eterna amante da vida…



 

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