Era uma vez dois fazendeiros muito amigos.
As fazendas eram coladas e nem cerca tinha separando-as.
A noite, sempre um ia para a casa do outro.
Os dois casais não tinham filhos.
Viviam harmoniosamente como vizinhos,
e as esposas eram como irmãs.
Sem que alguém esperasse, a esposa de Pedro adoeceu,
e veio a falecer rapidamente.
Antonio e Marta não sabiam o que fazer para consolar Pedro,
pois também estavam sofrendo.
Logo depois uma telha de uma construção
caiu bem na cabeça de Marta,
levando-a também a óbito.
Pedro e Antonio não sabiam o que fazer.
Uma tarde conversando, resolveram vender tudo,
de porteira fechada, e ir para outro lugar.
Como as fazendas nem tinham cerca, seria fácil a venda.
E eles iriam viajar pelo mundo para aproveitar a vida.
Logo depois que colocaram a venda,
conseguiram um comprador que pagou muito bem por elas.
Até os carros deixaram.
E diziam:
Agora só vamos andar de avião.
Arrumaram as malas e no outro dia, cedinho,
partiram de trem até a cidade próxima.
Da cidade foram de ônibus até a capital.
E na capital pegaram um vôo para Nova York.
Chegando lá, Antonio perguntou para Pedro:
- E agora, para onde vamos?
- Para um hotel de luxo, Antonio.
- Vamos então para esse tal de Empire State.
Chegaram, contaram a triste história
e a recepcionista disse:
Por acaso temos um aptº, no 102º andar,
com duas camas de solteiro.
Você querem?
- Claro que queremos.
- Mas tem um detalhe, o elevador,
depois de meia noite não funciona.
Ele para. Não se esqueçam.
Lá foram eles para o aptº bem luxuoso.
Descansaram e a noitinha resolveram dar uma saída.
Encantados com tudo o que viam,
não deram conta das horas passando.
Jantaram num big restaurante e foram a um cassino.
Antonio falou para Pedro:
- Vamos agora, meus dedos do pé tão doendo.
Quando chegaram no Empire eram 02:00 h.
- Os senhores foram comunicados
que o elevador parava meia noite.
Sinto muito mais nada posso fazer.
- Antonio não vamos amarelar agora.
Vamos subindo de escadas conversando,
que logo chegamos lá em cima.
Vou contar uma história, depois você conta uma,
e nem veremos o tempo passar.
E lá foram eles contando histórias.
Quando chegaram ao 97º andar,
Pedro falou para Antonio:
Não disse que seria fácil?
Agora conta uma pequena e já chegamos,
para um bom descanso naquelas camas fofinhas.
Antonio quase com os pés na cabeça falou para Pedro:
Esqueci de pegar as chaves do aptº.
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