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terça-feira, 11 de agosto de 2020

... Fábula ...




                                                            Fábula de Esopo ...
        ... escravo e contador de histórias que viveu na Grécia Antiga (620 a.C.- 560 a.C.)


Um avarento, enterrara um pote de ouro, 
num local secreto do seu jardim.
E todos os dias, antes de ir dormir, ele ia até aquele local,
desenterrava o pote e contava cada moeda de ouro 
para se certificar de que tudo ainda estava lá.
Ocorre que, de tanto repetir aquelas viagens ao mesmo ponto, 
um ladrão, que já o observava há bastante tempo, 
curioso para saber o que o avarento estava escondendo, 
veio na calada da noite, desenterrou o tesouro 
e desapareceu mundo afora.
Quando o avarento descobriu sua grande perda, 
foi tomado de aflição e desespero.
E caindo em prantos, ele gemia e chorava, 
enquanto puxava os poucos cabelos que ainda lhe restavam, maltratados pela absoluta falta de cuidados.
Alguém que passava pelo local, ao escutar seus lamentos,
quis saber o que acontecera. 
 Chorando inconsolável o avarento disse:
- Meu ouro! Todo meu ouro ... alguém o roubou de mim!
- Seu ouro? 
Ele estava nesse buraco? 
Por que você o colocou aí? 
Por que não o deixou num lugar seguro, 
como dentro de casa, 
onde poderia mais facilmente pegá-lo 
quando precisasse comprar alguma coisa?
  Furioso o avarento disse:
- Comprar?  
Você não sabe o que diz... 
Ora, eu jamais usaria aquele ouro. 
Nunca pensei de gastar dele uma peça sequer...
Então, o estranho pegou uma grande pedra,
e jogando-a dentro do buraco vazio, disse:
- Se é esse o caso, enterre então essa pedra, 
ela terá o mesmo valor que tinha para você 
o tesouro que perdeu...


Moral da História

Na vida há pessoas 
que só valorizam aquilo que lhe pode ser útil.
O valor das coisas e dos atos é definido pela sua utilidade.



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