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terça-feira, 23 de junho de 2020

... Bactérias e Vírus ... (2)

                                                                       



Dissemos que o vírus não é vivo e nem morto 
e sim misterioso.

Tenho hoje quase 70 anos, 
e desde  menina já escutava muito falar 
de caxumba, sarampo, poliomielite, 
gripe, varíola, etc ...

Nunca tive curiosidade de saber 
como era o mundo dos vírus.
Hoje, passando por essa dolorosa pandemia,
despertou em mim, a curiosidade de saber 
alguma coisa deles.
Na minha ignorância, em meu imaginário,
os via com perninhas, asas e com vida.
Mas a realidade deles é totalmente diferente.
E olha, 
que estou encantada e espantada,
com o que estou aprendendo.

Para ser considerado vivo, 
ele precisaria de um  metabolismo próprio,
como respiração, digestão, 
circulação e outras funções.

Porém eles apresentam DNA ou RNA,
que os levam 
a uma programação autônoma de reprodução,
no organismo em que se instalam.
(DNA e RNA contém a carga genética do vírus)

Cada vírus possui um hospedeiro específico.
Alguns atacam animais, outros plantas, 
outros atacam os humanos.  
Há também vírus que atacam apenas 
bactérias e fungos.

Mais de 90% dos vírus que infectam plantas 
possuem RNA. 

Os vírus, 
são organismos capazes de sofrer mutações, 
o que permite que eles saltem 
de uma espécie para a outra, 
como teria ocorrido com este coronavírus
Esse vírus, 
 comumente encontrado em morcegos  
costuma infectar outros animais 
antes de chegar às pessoas.

Mas essa característica também permite
que se eles se tornem mais adaptados 
ao organismo humano e mais brandos, 
aumentando as chances de convivermos com eles.


Quando um determinado tipo de vírus 
entra em uma espécie, 
ele costuma causar doenças, 
algumas até muito graves no início,
 mas depois passa por um processo de adaptação 
e se torna mais brando. 

O Objetivo deles 
não é dizimar a espécie toda que atacou,
pois ficariam sem hospedeiros 
para  transmitir seus genes adiante.

A imunidade de rebanho
Na atual pandemia,
  até  mês de março de 2020, 
chefes de nações, 
contavam com a imunidade de rebanho.

Mas  o coronavírus 
é um agente infeccioso desconhecido ainda, 
e não se sabe quantas pessoas 
ele é capaz de infectar antes de enfraquecer.
Não se sabe que percentagem da população 
precisa ser contaminada,
para que o coronavirus pare de agir.


A imunidade de rebanho, 
tem ótimos resultados 
quando é feita de forma controlada. 

Não se pode deixar
 um agente potencialmente letal, 
livre para agir, 
a fim de alcançar a imunidade de rebanho. 

Antes de termos as vacinas, 
era comum mães de crianças 
com catapora ou sarampo 
juntarem os filhos contaminados 
com outros pequenos saudáveis. 
Eram as “festas do sarampo”.
 Até podia funcionar, 
mas o processo não era isento de riscos. 

No caso do coronavírus, 
 que mal conhecemos, 
o preço pode ser alto demais.

A imunidade de rebanho 
será  atingida. 
Mas não podemos apressar esse fenômeno 
imaginando que,  
ao proteger idosos, doentes crônicos, 
e outros mais vulneráveis, estaremos a salvo. 
Por isso a grande preocupação
em achatar a curva da epidemia.

Os profissionais dos sistemas de saúde,
estão esgotados.
A humanidade tem que entender,
que essa pandemia atual,
não é uma brincadeira.

A imunidade, até que se tenha uma vacina,
vai depender exclusivamente
da conscientização e ação de cada um de nós.

Não temos como saber o tempo 
que esse coronavírus ainda vai agir até enfraquecer,
ou se vai sofrer mutações e aparecer mais traiçoeiro.

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Os retrovírus são um grupo de vírus de RNA 
que se replicam para produzir DNA a partir do RNA,
 usando uma enzima denominada transcriptase reversa. 
O DNA produzido é então incorporado ao genoma do hospedeiro.

O HTLV-1 pertence a família dos retrovírus,
 também integrada pelo HIV, o vírus da Aids.

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A humanidade na sua história, 
tem sido acometida por surtos, epedemias 
e até pandemias, como a atual,


A convivência entre humanos e vírus,
  é muito mais primitiva do que se imagina.
 “Hieróglifos egípcios mostram pessoas com características físicas
 próprias de infecção pelo vírus da poliomielite.

A múmia de Ramessés V que reinou de 1146 a.C. e 1142 a.C.,
 pelas lesões encontradas em sua face, 
indicam que ele morreu de varíola.
Sua morte foi precoce, aos 19 anos.


Na análise do DNA do faraó Tutancâmon,
 que reinou de  1341 a.C. a  1323 a.C. , 
foram encontrados sinais da bactéria  da malária.
É a mais antiga prova genética da doença já identificada.


Uma equipe de pesquisadores chilenos e japoneses, 
ao examinar 104 múmias com cerca de 1.500 anos no norte do Chile, 
descobriram a presença do HTLV-1 em uma mulher mumificada.
Essa descoberta do HTLV-1,
  revela que este vírus chegou aos Andes 
antes dos colonizadores espanhóis. 
O HTLV-1, isolado em 1980, 
é responsável por leucemias e doenças neurológicas 
e transmitido pelo sangue,
 o que o torna muito frequente entre viciados em drogas injetáveis.



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Peste Negra

Na segunda metade do sec. XIV, 
uma doença causada pela bactéria Yersinia pestis, 
desencadeou uma pandemia na Eurásia. 

O resultado foi catastrófico, 
pois a doença atingiu praticamente toda a Eurásia, 
e resultou na morte de milhões de pessoas.

 As estimativas 
falam que cerca de 1/3 da população européia 
morreu por causa da crise de peste negra.

A propagação da doença, inicialmente, 
deu-se por meio de ratos e, 
principalmente, pulgas infectados com a bactéria, 
que acabava sendo transmitido às pessoas 
quando essas eram picadas pelas pulgas, 
em cujo sistema digestivo a bactéria da peste
 multiplicava-se. 
Num estágio mais avançado, 
a doença começou a se propagar por via aérea, 
por meio de espirros e gotículas.

Estudos apontam sua origem no continente asiático, 
precisamente na China,
 e que sua chegada à Europa foi devido, 
às caravanas de comércio que vinham da Ásia
 através do Mar Mediterrâneo 
e aportavam nas cidades costeiras européias.

Embora as Américas,
África e Austrália,
já fossem habitadas nessa época,
não tiveram a disseminação da bactéria, 
por estarem isoladas dos focos de infestação da doença.

A peste negra foi também chamada de peste bubônica.


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Gripe Espanhola


A primeira Guerra Mundial foi centrada na Europa. 
Teve seu início em 28 de julho de 1914,
 tendo como causa 
o assassinato do arquiduque Francisco Fernando da Áustria, 
o herdeiro do trono da Áustria-Hungria, 
pelo nacionalista iugoslavo Gavrilo Princip, 
em Sarajevo, na Bósnia, 
e durou até 11 de novembro de 1918.

 Em 1918, antes do fim da guerra, 
uma gripe que foi chamada de Gripe Espanhola, 
apareceu no cenário mundial.
A doença foi observada pela primeira vez 
em Fort Riley, Kansas, Estados Unidos, 
em 4 de março de 1918, 
e no Queens, Nova Iorque 
em 11 de Março do mesmo ano, 
ela também foi observada.
 Os primeiros casos conhecidos da gripe na Europa 
ocorreram em abril de 1918 
com tropas francesas, britânicas e americanas, 
estacionadas nos portos de embarque na França 
durante a  Guerra.

 Em maio, a doença atingiu a Grécia, Portugal e Espanha. 
Em Junho, a Dinamarca e a Noruega. 
Em Agosto, os Países Baixos e a Suécia. 
Todos os exércitos estacionados na Europa 
foram severamente afectados pela doença, 
calculando-se que cerca de 80% 
das mortes da armada dos Estados Unidos 
foi devido a Gripe Espanhola.

Essa gripe rodou o mundo de 1918 até 1920.

 Foi uma pandemia 
causada pelo vírus influenza A do subtipo H1N1.

Na época esse vírus 
contaminou mais de 500 milhões de pessoas, 
deixando um número de 50 milhões de vítimas.


A gripe foi denominada de Gripe Espanhola, 
não por ter sido disseminada pela Espanha.
A Espanha, por não ter participado da guerra, 
noticiava livremente as notícias sobre a pandemia, 
que em muitos lugares, civis e militares 
estavam adoecendo e morrendo em números alarmantes.

Analistas modernos dizem 
que  a desnutrição, 
campos médicos e hospitais superlotados, 
além da higiene muito ruim da época, 
ajudaram a proliferação da doença. 
Essa superinfecção teria sido a causa da morte
 da maioria das vítimas, (na sua maioria jovens adultos).

A Gripe Espanhola,
 se expandiu por todo o mundo em três ondas. 
A primeira, na primavera boreal de 1918, 
que não foi tão mortífera como as duas posteriores, 
muito mais virulentas,
 provavelmente pelo  vírus ter sofrido mutações, 
tornando-se mais agressivo.

Foram milhões de pessoas vitimadas naquela época.
Citaremos apenas três nomes.

No Brasil, 
tivemos a morte do então presidente eleito 
 pela segunda vez, em 1º de março de 1918,
Francisco de Paula Rodrigues Alves.
 Acometido pela doença, 
não pode tomar posse,
vindo a falecer em 16 de janeiro de 1919.

Em Portugal, 
Jacinta e Francisco Marto, 
duas das crianças que junto de Lúcia,
estiveram presentes nas aparições 
de Maria a Mãe de JESUS,
em Fátima - Portugal


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 Há mais mistérios entre o céu e a terra,
   do que a vã filosofia dos homens possa imaginar.

                                               William Shakespeare







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