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sexta-feira, 12 de junho de 2020

... Festas Juninas ...





Quando falamos em Festa Junina aqui no Brasil,
temos a sensação de que ela é nossa.
Porém essa tradição vem de além mar,
trazida pelos nossos colonizadores
e aqui tiveram a influência indígena e dos negros.

Aqui no Brasil, antes da chegada dos europeus,
os índios faziam importantes rituais no mês de junho,
celebrando a agricultura com cantos, danças
e diversos tipos de comida.

As Festas Juninas
 acontecem em vários países do mundo.

 Diversos povos da Antiguidade
 organizavam rituais
em que pediam fartura nas colheitas.
Era uma festa pagã,
do solstício de verão (no hemisfério norte) 
e de inverno (no hemisfério sul)
que era celebrada bo dia 24 de junho,
segundo o calendário juliano (pré-gregóriano)

                             
 
Na Idade Média,
a Igreja Católica levando em conta
o dia do nascimento de  São João, em 24 de junho,
incorporou a festa ao calendário cristão,
se tornando assim a Festa de São João.

Outros santos católicos populares
celebrados nesta mesma época,
Santo Antonio (dia 13) e São Pedro e São Paulo (dia 29), 
passaram a fazer parte do calendário festivo também.


Bandeirinhas, fogueiras, balões, quadrilhas,
muita comida gostosa fazem parte dessas festas.


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As bandeirinhas.

As bandeiras surgiram, 
por causa dos três santos homenageados nas festas,
Santo Antonio, São Pedro e São João.
As estampas dos santos eram apresentadas,
impressas em bandeiras coloridas.



Com o passar dos tempos,
essas bandeiras com a estampa dos santos,
deram origem
as bandeirinhas coloridas para enfeitar as festas,
que trazem com elas
a mesma simbologia das bandeiras com a estampa dos santos,
de purificar o ambiente das festas.



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A fogueira.



A descoberta do fogo pelo homem
 vai dar origem as fogueiras.

E assim, num determinado momento
o homem sentiu a necessidade de preservar esse bem.
Foi quando apareceu
 a "profissão" de guardiões do fogo.

O homem com toda certeza, neste momento,
despertou para os princípios de combustão e energia.

A energia, a força vinda do fogo era sentida por eles,
tanto que eles passaram a usar fogueiras,
em rituais que organizavam para pedir fartura na colheita,
e depois para agradecer as colheitas.
Esses rituais aconteciam
de acordo com a posição do Sol no céu
em relação a Terra, conforme a época do ano,
(solstício de verão ...hemisfério norte e de inverno ... hemisfério sul) 

Quando a Igreja resolveu pegar carona nestas festas,
ela inicialmente comemorava o dia de São João,
e a festa era conhecida como
Festa Joanina.
Com a incorporação dos outros santos, 
ficou Festas Juninas,
ou seja, festas do mes de junho.

A fogueira de São João
 teve sua origem numa linda história,
entre Maria, a mãe de JESUS
e sua prima Isabel, a mãe de João Batista.


Maria quando recebeu a visita do Anjo Gabriel,
fazendo a Anunciação,
ficou sabendo pelo Anjo que sua prima Isabel, já idosa,
estava grávida, de quase seis meses.
Maria, não pensou duas vezes e foi de encontro a Isabel,
e lá permaneceu por algum tempo.
Porém a barriga de Maria começou a aparecer
e ela precisava voltar para junto de José.
Mas Maria queria ter notícias
sobre o nascimento do filho de sua prima.
Então ao se despedirem, Isabel prometeu a Maria
que quando seu bebê nascesse,
ela mandaria acender uma fogueira bem grande ao lado da casa
 e mesmo a distância, Maria iria ver
e saber que o bebê tinha nascido.

Daí a origem da Fogueira de São João.




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Os balões.





A arte de confeccionar e soltar balões de papel
impulsionados por ar quente é muito antiga
e tem sua origem na China.


O primeiro registro que se tem notícia
 remonta ao ano de 1306,
na comemoração da coroação
 do imperador chinês Fo-Kien.

  Soltavam também balões para reverenciar os mortos.


                      A chegada no ocidente deve-se a viagem de Marco Pólo,
                                                  
à China, no ano de 1272.

A amizade de Marco Pólo (10 anos de idade),
 com Kublai Khan, neto de Gengis Khan,
proporcionou o aprendizado da arte dos balões.
Ao regressar para a Itália, no ano de 1292,
Marco Polo  trouxe a invenção para o ocidente.

Daí em diante, os balões se popularizaram,
especialmente entre os povos de língua latina,
principalmente na França, Itália, Espanha,
Portugal, México e Brasil.
Em Portugal, pequenos papéis com pedidos aos santos
eram escritos e amarrados nos balões.

Serviam também como uma forma de comunicação,
para avisar aos parentes distantes e vizinhos da região
que a festança estava pronta para começar.


       No Brasil, a prática foi incluída na cultura nacional
 em 1583,
 através dos colonizadores portugueses.
                       





Festa das lanternas luminosas(balões) na Polônia.
                                    Durante o solstício de verão  milhares de balões
       iluminam o céu de Poznan, na Polônia, 
como se fossem estrelas no céu.
O evento marca a chegada do verão de uma forma mágica. 



A cidade do Porto em Portugal,
 celebra entusiasticamente as Festas de São João.
 A noite dedicada ao santo é de 23 para 24 de junho.
Mas nos  nos últimos anos, 
a Câmara do Porto prolongou  esses festejos.





                                                          -·=»‡«=·-

              



A Quadrilha.

                      

A quadrilha é uma dança de origem holandesa.

Mas foi na França que ela atingiu seu apogeu,
 se dispersando pelos países vizinhos.
             
  Chegou ao Brasil, bem clássica, 
  mas logo perdeu o jeito francês 
e ganhou os trejeitos brasileiros,
ao ritmo das safona, triangulos, tambores.

Termos franceses ficaram,
logicamente que falados a maneira brasileira.
Alavantú (en avant tous) - todos os casais vão para a frente
Anarriê (en arrière) - casais vão para trás
Changê (changer/changez) - trocar/troquem o par
 Vis-à-vis - cumprimento frente a frente
Otrefoá (autre fois) - repete o passo anterior
                           Tu  (tour) - um giro com o parceiro
 Anavantê  (en avant) - a fila dos homens vai a frente,
ao encontro da fila das damas.
Saruê (soirée) - ordem para todos se juntarem   



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Os quitutes das festas.

As comidas das Festas Juninas,
 vão depender  de onde as festas são realizadas.

No Brasil, elas variam de região para região.
Apenas um exemplo:
O amendoim, usado torrado em algumas regiões,
em outras é cozido com casca.

O milho também é base para muitos pratos.

Cachorro quente, canjica, maça do amor,
o famoso quentão, e muitos outros pratos
preenchem o cardápio das Festas Juninas.

Em Portugal,
 come-se sardinha assada nas festividades juninas.








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