desconheço autoria
Conta-se que um menino,
tinha uma cicatriz no rosto muito marcante.
As crianças na escola não falavam com ele,
e nem sentavam a seu lado.
Quando o viam, davam-lhe as costas,
franzindo a testa,
por acharem a cicatriz muito feia.
Então a turma se reuniu com a professora
e sugeriram que o menino da cicatriz,
não frequentasse mais a escola.
A professora sem saber o que fazer,
levou o caso à diretoria da escola.
A diretoria ouviu a professora
e chegou a seguinte conclusão.
Não poderiam afastar o menino da escola
por causa da cicatriz.
Conversariam com ele,
explicariam o que estava acontecendo,
e pediriam que ele sentasse na ultima fila,
fosse o primeiro a entrar na sala e o último a sair.
Desta forma nenhum aluno veria o rosto dele,
a não ser que olhassem para trás.
A professora achou magnífica a idéia da diretoria.
Levado ao conhecimento do menino os fatos
e a decisão da diretoria, ele prontamente
aceitou a imposição da escola,
mas com a condição
de que ele pudesse ficar a frente dos colegas
na sala de aula para contar o porque daquela cicatriz.
No dia seguinte,
o menino esperou que todos os amigos entrassem na sala,
e só depois entrou.
Dirigiu-se a professora e então começou a falar para todos.
Começou pedindo desculpas, dizendo:
- Eu entendo todos vocês.
Na realidade essa cicatriz é muito feia.
Somos pobres
e não temos como pagar uma restauração do meu rosto.
Por isso quero contar a vocês como eu adquiri essa cicatriz.
Minha mãe para ajudar na alimentação da casa,
passava roupa para fora.
A turma e a professora atentos ao que o menino falava,
permaneciam em silêncio.
O menino continuou:
- Eu tinha 6 anos, e além de mim, havia mais 3 irmãozinhos.
Um de 4 anos, um de 2 anos
e uma irmãzinha com apenas alguns dias de vida.
O silêncio na sala era total.
- Foi aí que não sei como,
a nossa casa que era muito simples,
começou a pegar fogo.
Minha mãe correu até o quarto em que estavámos,
pegou meu irmãozinho de 2 anos no colo,
meu irmão de 4 anos e eu, e nos levou para fora de casa.
Minha mãe colocou-me sentado no chão
e disse para eu ficar com meus irmãos,
pois ela tinha que voltar para pegar minha irmãzinha.
Só que quando minha mãe tentou entrar na casa em chamas,
as pessoas que ali estavam, não deixaram.
E eu via minha mãe gritar.
- Minha filhinha está lá dentro.
- Via no rosto de minha mãe o desespero, o horror,
e ela gritando.
Mas as pessoas a impediam de entrar na casa em chamas.
Foi aí que decidi.
Peguei meu irmão de 2 anos que estava no meu colo,
e o coloquei no colo de meu irmãozinho de 4 anos
e disse-lhe que não saísse dali até eu voltar.
Saí dali sem ser notado,
e quando perceberam, eu já tinha entrado na casa.
Havia muita fumaça e estava muito quente.
Mas eu tinha que pegar minha irmãzinha.
Eu sabia onde ela estava.
Quando cheguei lá, ela chorava muito ...
Neste momento vi caindo algo,
então me joguei em cima dela para protege-la.
Aquela coisa quente caiu em meu rosto.
A turma quieta,
atenta ao que o menino dizia e envergonhada.
Então o menino continuou.
- Vocês como eu, achamos essa cicatriz feia.
Mas tem duas pessoas lá em casa que acham ela linda.
Todo dia quando chego em casa,
minha mãe e minha irmãzinha beijam a minha cicatriz,
e minha mãe diz:
Essa cicatriz é a marca do AMOR.
A professora e vários alunos choravam,
sem saber o que dizer ou fazer.
E o menino foi para o fundo da sala e sentou-se.
-·=»‡«=·-
Vamos meditar um pouco
sobre as cicatrizes de JESUS,
que não foram poucas,
que não foram poucas,
e mesmo que, em pensamento
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