(uma adaptação)
Havia numa floresta um gavião muito esperto.
Ele se fazia de amigo dos pássaros,
mas na realidade era um astuto comedor dos seus filhotes.
As "mamães" passarinho, quando precisavam sair do ninho para buscar alimento para os filhotes ou outro motivo,
ficavam sempre apreensivas, pois na certa o "amigo" gavião iria lá comer seus filhotinhos.
Um belo dia a coruja que era comadre do gavião,
ganhou filhotinhos, lindos de doer.
Os filhotinhos logo cresceram.
E um dia a coruja precisando se ausentar do ninho
e apreensiva também, foi falar com o compadre gavião.
- Compadre gavião, vou precisar me ausentar, mas quero pedir a você que poupe meus filhotinhos.
E que tome conta deles para mim.
- Mas como vou saber quais são os seus filhotes?
- Ora gavião, não tem como você não reconhecer meus filhotinhos.
Eles são uma graça.
Ostentam uma penugem fofa ... a carinha é linda, de um talhe bem feito ... olhinhos meigos ... e uma voz doce e suave.
Quando você ver os filhotinhos mais mimosos e lindos,
são os meus.
Feito o trato
a coruja foi fazer o que precisava
num local um pouco afastado.
E o gavião foi dar seu vôo para ver se encontrava algo para comer.
Logo avistou uma ninhada sem a mamãe por perto.
Aproximou-se e viu uns bichinhos esquisitos, de penugem horrível, olhos tristonhos, emitindo um som que eram gritos assustadores.
Ele pensou ...
esses monstrinhos não podem ser os filhotinhos da coruja.
E fartou-se abundantemente.
Pouco tempo depois a coruja retornou e vendo o que restava no seu ninho, chorando amargamente, perguntava:
- Quem fez isso ?
Uma "passarinha" vendo a aflição da amiga,
contou que tinha sido o gavião.
A coruja saiu em busca do gavião.
Mal conseguindo falar ela perguntou:
- Por que você não poupou meus filhotinhos, gavião?
- Quê ???
Eram teus filhotes aqueles monstrenguinhos?
Pois olha, não se pareciam nada
com a imagem que me passou deles.
O que você falou deles não correspondia ao que eu vi.
Portanto não atribuas a mim a culpa pelo acontecido.
Se há culpas, são só tuas!
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Se não me engano, Santinha, essa é uma fábula recompilada por Monteiro Lobato (Literatura Infantil), e cuja moral da história é: "Quem ama o feio, bonito lhe parece".
ResponderExcluirAbraço respeitoso e afetuoso deste seu sincero admirador,
João Crisóstomo da Silva
Isto mesmo Zara! Coruja que não gava o toco,fogo nela.
ResponderExcluirParabéns!
Divina