Paulo Roberto Gaefke
A vida sempre nos oferece duas opções,
se não há uma segunda porta, pode apostar que existe uma janela,
ou um telhado que se possa abrir.
Por isso, podemos contemplar uma rosa,
sentir seu perfume inigualável,
perder-se com a beleza das cores,
nos deixar levar pela magia das flores.
Ou sentir o espinho, reclamar da dor,
lamentar as folhas arrancadas.
Chorar por não ter recebido mais rosas,
ou ainda hoje, oferecer uma para alguém...
Podemos olhar o mar
nos encantar, sentir a água salgada refrescando a pele,
a força das ondas limpando as energias,
deliciando-nos com o alimento que vem dele,
que pode ainda hoje, saciar nossa fome.
Ou podemos lembrar de Tsunami que mata milhares de pessoas,
das tempestades que afundam navios,
e dos que morrem afogados...
Diante do Sol podemos nos aquecer,
lembrar que a vida não existe sem ele,
passear sem compromisso, tomar um sorvete,
ou olhar a terra seca, pensar no deserto,
chorar diante da semente que morreu,
lamentar o fruto que não floresceu.
Assim é nossa vida,
cheia de motivos para comemorar.
A saúde que não ligamos, até cairmos doentes,
a paz que temos, até que alguém nos rouba,
o amor que nos une, até que nos separamos,
a família que nos liga, até que nos distanciamos,
a humildade que queremos ter, até que o orgulho nos cegue,
o emprego que nos sustenta, até que a demissão nos atinge.
Mesmo diante da noite mais escura,
podemos acender um mísero fósforo e iluminar a rua.
Diante da dor mais profunda,
podemos confortar com um gesto, uma palavra.
Perto do fim, podemos encontrar o nosso começo,
e onde tudo parecer impossível,
nos resta o encontro com a Fé, Força e Coragem.
Duas escolhas, sempre.
Que o amor seja sempre nossa primeira escolha.
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