Em um monastério, vivia um monge com seus discípulos.
A convivência deles era de muita amizade e união.
Certo dia o monge e um dos discípulos,
atravessaram a floresta,
para irem ao vilarejo comprar mantimentos.
Ao passarem por um lago,
viram algo se debatendo na água.
Era uma mulher com dificuldades e se afogando.
O monge preparou-se para se atirar na água e ajudar a mulher.
O discípulo disse:
- Não podemos ajudá-la,
fizemos voto de que não poderíamos tocar em mulher alguma.
O monge sem dar atenção ao que dissera o discípulo
foi de encontro a mulher, colocou-a em suas costas
e a levou até a margem do lago.
Prestou-lhe os primeiros socorros,
e quando viu que ela já estava bem,
preparou-se para seguir seu caminho.
Monge e discípulo permaneceram calados
por um longo período, durante a caminhada,
até que o discípulo quebrou o silêncio, dizendo:
por um longo período, durante a caminhada,
até que o discípulo quebrou o silêncio, dizendo:
- Mestre, o senhor não deveria ter carregado aquela mulher.
Isso vai ser um peso na sua consciência
a cada noite quando colocar a cabeça no travesseiro.
Ao que o monge, calmamente falou:
- É fato que fizemos voto
de que não poderíamos tocar em mulher alguma.
Mas também fizemos voto de ajudar
a todas as pessoas e criaturas deste mundo, sem haver distinção.
a todas as pessoas e criaturas deste mundo, sem haver distinção.
E completou falando:
- Eu toquei na mulher,
mas a deixei lá na beira do lago.
Você é que continua carregando a mulher
aí no seu pensamento.
-·=»‡«=·-
Muitas vezes,
nos deixamos levar pelas convenções criadas
e deixamos de agir da maneira correta.
Ficamos muito preocupados com o que os outros vão falar.
Quando agimos com o coração e sem julgamentos,
não carregamos o fardo da nossa ação.
É como se a nossa alma
reconhecesse a verdade da nossa intenção
e a acolhesse dentro dela.
E nos sentimos leves, em paz.
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