COMUNICADO IMPORTANTE


Informo que a Autora do Blog faleceu em 16 de Abril de 2023, e, por conta disso, este espaço não será mais atualizado, e também não haverá aprovação de novos comentários.

sexta-feira, 27 de julho de 2018

... Um pouco de D. Pedro II e o Brasil ...

                                                                 



Falar da Política Atual do Brasil, 
causa-me um pouco de frustração.
Por isso vamos lembrar aqui 
um pouquinho do Brasil de outrora, 
onde podemos sentir amor em seus governantes.
Mas quero mesmo é falar de D.Pedro II.
Ainda no banco escolar primário, ouvi a história  dele.
Minha empatia e admiração por ele, foram imediatas.
Compadeci-me dele
 principalmente pelo fato 
de ser orfão de mãe e ter sido deixado aqui no Brasil,
 com 05 anos, sozinho sem a família biológica. 

                                                                                     

Com a Independência do Brasil em 07 de setembro de 1822,
D. Pedro filho de D. João VI, tornou-se o Imperador do Brasil
com o título de D. Pedro I. 

D. Pedro não era o semi-analfabeto como alguns citam.
Apenas não  recebeu a educação esperada
para um futuro Chefe de Estado.

Em 7 de setembro, quando voltava de Santos,
viagem em que conheceu Domitila,
 recebeu notícias de Portugal por cartas de José Bonifácio
 e da esposa Maria Leopoldina da Áustria.
Foi então que, junto ao riacho do Ipiranga (São Paulo), 
o herdeiro de D. João VI proferiu o famoso Grito do Ipiranga:
"Independência ou Morte!".

Muitos fatores, entre eles o relacionamento 
com a Marquesa de Santos, 
e o sofrimento que este causava na Imperatriz Leopoldina,
provocaram o protesto das elites brasileiras. 
Seu prestígio foi declinando,
levando-o a abdicar, em favor do filho D. Pedro II
(que tinha apenas cinco anos de idade), em 7 de abril de 1831.




                                          D.Pedro II

        D. Pedro II, ficou aqui no Brasil sozinho, com 5 anos,
 por isso podemos dizer
 que ele teve uma infância triste e solitária.

Dom Pedro II  nasceu no Palácio da Quinta da Boa Vista, 
Rio de Janeiro, Brasil, no dia 02 de dezembro de 1825.
 Filho do Imperador Dom Pedro I 
e da Imperatriz Dona Maria Leopoldina. 
Ficou órfão de mãe com apenas um ano de idade.

No dia 23 de julho de 1840, com 15 anos foi declarado maior 
e coroado Imperador do Brasil.
Esse ato ficou conhecido como o "Golpe da Maioridade".


                      D. Pedro II foi elevado ao trono em 1831,
                              com apenas 6 anos de idade.
Até que ele completasse a maior idade, 
foram criadas as Regências.

Quando finalmente ele assumiu o trono, 
mostrou a que veio.

                                Como um legítimo monarca,
             sua autoridade foi revestida de uma única e clara voz.
                               O jovem monarca era dedicado.
     Todos ficavam  impressionados com a sua  auto-confiança,
                    apesar da timidez e falta de desenvoltura
                              que eram vistas como defeitos.
       Seu jeito reservado de falar, tornavam as conversações, 
                             as vezes até um pouco difíceis.
                              Com ele, não tinha lero-lero.
                        Sua natureza taciturna era o reflexo
do que vivenciou desde a infância ... abandono, intriga e traição.

      
Mas o melhor da história foi seu casamento
Preocupados com aquela característica solitária do Imperador,  acreditavam que um casamento poderia melhorar a vida dele. 
A notícia logo correu e o  governo do Reino das Duas Sicílias
 ofereceu a mão da Princesa Teresa Cristina.
     Um retrato (parece que pintado) 
foi enviado a D. Pedro II.
         e este revelava uma jovem e bela mulher,
  o que levou Pedro II a aceitar a proposta.

Eles  casaram por procuração  em 30 de maio de 1843.
A nova Imperatriz do Brasil
desembarcou no Rio de Janeiro em 3 de setembro.
Ao vê-la pessoalmente
o Imperador não conseguiu esconder sua decepção.
A pintura que havia recebido não correspondia a realidade. 
A Teresa Cristina real era baixa, um pouco acima do peso,
coxa e apesar de não ser feia, também não era bonita.
Ele não conseguiu esconder sua desilusão.
Um observador afirmou que ele deu às costas a Teresa Cristina,
 outro disse que ele estava tão chocado que precisou sentar,
e é possível que ambos tenham ocorrido.
Naquela noite Pedro II chorou e reclamou dizendo,
fui enganado. 
Foram necessárias horas para convencê-lo 
de que o dever exigia
 que ele seguisse em frente com o matrimônio.
Uma celebração nupcial, 
com a ratificação dos votos tomados por procuração
 e o conferimento de uma benção nupcial,
ocorreu no dia seguinte, 4 de setembro.
A imperatriz Tereza Cristina após o casamento.

Tiveram 4 filhos. 
Não podemos deixar de citar
 o nome de sua filha a Princesa Isabel.

D.Pedro II, entusiasmou-se com o retrato pintado 
de Tereza Cristina e foi surpreendido 
por outra imagem.
Porém sem jamais te-la desrespeitado,
ele teve uma grande paixão.
Luísa Margarida Portugal e Barros,
a Condessa de Barral,
foi a grande paixão de D.Pedro II por 34 anos.


Dom Pedro II se deixa fotografar ao lado de Dona Tereza Cristina
 em 1889 no jardim da residência de Petrópolis.
Essa talvez tenha sido uma das últimas foto deles aqui no Brasil.

A Abolição da Escravatura
 era um desejo pessoal de D.Pedro II
 que não comungava com o desejo da nação.
Alguns fatos, 
mas principalmente a Abolição da Escravatura,
fizeram com que o "povinho" brasileiro
 realizasse um Golpe de Estado em 15 de novembro de 1889. 
Pedro II não demonstrou qualquer reação,
como se não se importasse com o desenlance,
mas era por já estar  acostumado com traições. 
Rejeitando todas as sugestões para debelar a rebelião
feita por políticos e militares,
aceita com hombridade e serenidade a sua destituição.
Ele não queria conflitos, lutas e nem sangue.

Ele e sua família seguem exilados para a  Europa
em 17 de novembro.
Essa foi a carta que D.Pedro II deixou para os brasileiros.

“A vista da representação escrita, que me foi entregue hoje,
às 3 horas da tarde, resolvo,
cedendo ao império das circunstâncias,
partir, com toda a minha família, para a Europa,
deixando esta Pátria, de nós tão estremecida,
à qual me esforcei por dar constantes testemunhos
de entranhado amor e dedicação, durante quase meio século
em que desempenhei o cargo de chefe de Estado.
Ausentando-me, pois, com todas as pessoas de minha família, conservarei do Brasil a mais saudosa lembrança,
fazendo os mais ardentes votos por sua grandeza e prosperidade.

Rio de Janeiro, 16 de novembro de 1889.


D. Pedro de Alcântara.”



O comportamento de D. Pedro II, depois de deixar o Brasil,
 foi caracterizado por uma atitude calma e resignada,
 extremamente discreto, silencioso 
e buscando não fazer comentários 
sobre os acontecimentos no Brasil, 
especialmente sobre os que deram origem 
ao seu próprio exílio e, mais do que isto,
 respeitando até mesmo o golpe militar da República,
 mesmo às custas do banimento da família imperial.

 Chegando em Portugal, 
A Imperatriz Teresa Cristina faleceu na cidade do Porto,
 três semanas após a chegada.
Isabel e sua família se mudaram para outro lugar,
 enquanto seu pai se estabeleceu em Paris.

Os dois últimos anos de vida de D.Pedro II
foram solitários e melancólicos, 
vivendo em hotéis modestos com quase nenhum recurso,
 ajudado financeiramente 
pelo seu amigo Conde de Alves Machado, 
e escrevendo em seu diário 
sobre sonhos em que lhe era permitido retornar ao Brasil.
Certo dia realizou um longo passeio pelo rio Sena
 em carruagem aberta,
 apesar da temperatura extremamente baixa. 
Ao retornar para o hotel Bedford à noite, sentiu-se resfriado.
 A doença evoluiu nos dias seguintes
 até tornar-se uma pneumonia. 
O estado de saúde de Pedro II rapidamente piorou
 até a sua morte
 às 00:35 da manhã do dia 5 de dezembro de 1891. 
Suas últimas palavras foram:
 "Deus que me conceda esses últimos desejos...
 paz e prosperidade para o Brasil." 

Enquanto preparavam seu corpo, 
um pacote lacrado foi encontrado no quarto
 com uma mensagem escrita pelo próprio imperador: 
"É terra de meu país; desejo que seja posta no meu caixão, 
se eu morrer fora de minha pátria".
 O pacote que continha terra de todas as províncias brasileiras
 foi colocado dentro do caixão.

E assim,  
o grande Imperador do Brasil,
 sem coroa e sem pátria, morreu em terras distantes.

A Princesa Isabel desejava realizar
 uma cerimônia discreta e íntima,
 mas acabou por aceitar o pedido do governo francês
 de realizar um funeral de Estado.
 No dia seguinte, 
milhares de personalidades europeias
 compareceram a cerimônia 
realizada na Igreja de La Madeleine. 
Só faltou um representante brasileiro.
O  governo brasileiro não teve a mínima gentileza 
de enviar alguém para  homenagear D.Pedro II,
 em consideração por toda uma vida dedicada ao Brasil.


Pedro II em seu leito de morte.
 O livro embaixo do travesseiro sob sua cabeça
 simboliza que, mesmo após a morte, 
sua mente descansa sobre o conhecimento.

Porém a reação nas cidades brasileiras, 
sobretudo do povo
 ao receber a notícia da morte do Imperador, 
foi de luto imediato e de grande consternação.
 As casas comerciais cerraram suas portas, 
as bandeiras foram hasteadas a meio palmo
 e as Igrejas dobraram seus sinos, 
anunciando o falecimento do ex-Imperador.
Com certeza ele recebeu
 a vibração de amor e carinho dos brasileiros, 
naquele momento.



E de seu governo aqui no Brasil,
só coisas boas temos a tecer.

Ele recusava luxo explicando:
 "Também entendo que despesa inútil é furto a Nação".


               Quando D. Pedro II do Brasil subiu ao trono, em 1840, 
                           92%  da população brasileira era analfabeta.
                         Em seu último ano de reinado, em 1889,
                                  essa porcentagem era de 56%, 
        devido ao seu grande incentivo a educação. 
 Faculdades foram criadas e principalmente, 
 inúmeras escolas que tinham como modelo 
o excelente Colégio Pedro II.
     
     A Imperatriz Teresa Cristina 
cozinhava as próprias refeições diárias
 da família imperial,
 apenas com a ajuda de uma empregada
 (paga com o salário de Pedro II).
     
                                             Em 1880 -  
O Brasil era a 4ª economia do Mundo
 e o 9º maior Império da história.

                                                      O Brasil tinha 14 impostos, 
        atualmente são mais de 90.

A moeda brasileira tinha
 o mesmo valor do dólar e da libra esterlina.

A Marinha Brasileira
 era a  segunda maior e melhor marinha do mundo,
 perdendo apenas para a da  Inglaterra.

    De1860 a 1889, 
 a média do crescimento econômico foi de 8,81% ao ano.
 A média da inflação era de 1,08% ao ano.
    
      O Brasil foi o primeiro país da América Latina
 e o segundo no mundo a ter ensino especial para deficientes auditivos e deficientes visuais.

      O Brasil foi o maior construtor de estradas de ferro do mundo, com mais de 26 mil km.
       
 A imprensa era livre tanto para pregar o ideal republicano
 quanto para falar mal do nosso Imperador.
       Diplomatas europeus e outros observadores estranhavam a liberdade dos jornais brasileiros,
 conta o historiador José Murilo de Carvalho.
        Mesmo diante desses ataques,
 D. Pedro II se colocava contra a censura. 
 "Imprensa se combate com imprensa", dizia.
     
 O maestro e compositor Carlos Gomes, de “O Guarani” 
foi ajudado por Pedro II até atingir grande sucesso mundial.

 Pedro II mandou acabar 
com a guarda chamada Dragões da Independência
 por achar desperdício de dinheiro público. 
Com a república a guarda voltou a existir.

 Em 1887, Pedro II recebeu os diplomas honorários
 de Botânica e Astronomia
 pela Universidade de Cambridge.

 D. Pedro II era poliglota.
 A primeira tradução do clássico árabe “Mil e uma noites”
 foi feita por D. Pedro II, 
do árabe arcaico para o português do Brasil.

 D. Pedro II doava 50% de sua dotação anual
 para instituições de caridade 
e incentivos para educação
 com ênfase nas ciências e artes.

 Pedro II fez um empréstimo pessoal a um banco europeu
 para comprar a fazenda que abrange hoje 
o Parque Nacional da Tijuca - RJ - Brasil. 
Numa época em que ninguém pensava 
em ecologia ou desmatamento, 
Pedro II mandou reflorestar
 toda a grande fazenda de café 
com mata atlântica nativa.

 A mídia ridicularizava a figura de Pedro II
 por usar roupas extremamente simples, 
e o descaso no cuidado e manutenção dos palácios
 da Quinta da Boa Vista e Petrópolis.
 Pedro II não admitia tirar dinheiro do governo
 para tais futilidades. 
Alvo de charges quase diárias nos jornais,
 mantinha a total liberdade de expressão 
e nenhuma censura.

Hoje os restos mortais de D.Pedro II, 
da Imperatriz Tereza Cristina,
de Princesa Isabel e seu marido,
encontram-se numa capela 
da Catedral de São Pedro de Alcântara,
em Petrópolis - est. do Rio - Brasil.



terça-feira, 24 de julho de 2018

... Aniversário do Bloguinho ...



Meu aniversário foi dia 19 de julho, 
mas minha mãe só hoje está podendo comemorar.
Fiz 6 anos ...
Aniversário é uma data muito forte,
pois sempre nos leva a uma introspecção.
Lembro bem de quando nasci.
"Minha mãe" não acreditava que eu daria certo.
E aqui estou,
agradecendo a todos que ajudaram minha mãe, 
nessa nossa caminhada.
Você visitante é o grande responsável,
por eu estar aqui agora.
O seu interesse,
demonstrado com suas visitas, 
foi que ajudaram minha mãe,
 a me fazer caminhar.




Por isso  partilhando com você,
meu bolo, a alegria e emoção desta data.




Obrigada visitante, "vento invisível",
por fazer meu barquinho (Bloguinho) andar.

Meu Bloguinho, meu "filhote",
meu companheiro diário ... Parabéns.
                                               
                                                          





     


quarta-feira, 18 de julho de 2018

... A vida me ensinou ... (C.Chaplin)...

                                                           



A vida me ensinou
                         ( Charles Chaplin )


A vida me ensinou...

A dizer adeus às pessoas que amo,
 sem tirá-las do meu coração;



                    Sorrir às pessoas que não gostam de mim,
para mostrá-las que sou diferente do que elas pensam; 




Fazer de conta que tudo está bem 
quando isso não é verdade,
  para que eu possa acreditar
 que tudo vai mudar;



            
                                      Calar-me para ouvir;









Aprender com meus erros.
Afinal eu posso ser sempre melhor.




        
                               A lutar contra as injustiças;







Sorrir quando o que mais desejo
é gritar todas as minhas dores para o mundo.



A ser forte quando os que amo estão com problemas;



Ser carinhoso com todos que precisam do meu carinho;



Ouvir a todos que só precisam desabafar;



Amar aos que me machucam
 ou querem fazer de mim
depósito de suas frustrações e desafetos;


Perdoar incondicionalmente, pois já precisei desse perdão;




Amar incondicionalmente,
pois também preciso desse amor;



A alegrar a quem precisa;


A pedir perdão;



A sonhar acordado;

A acordar para a realidade (sempre que for necessário);

A aproveitar cada instante de felicidade;




A chorar de saudade sem vergonha de demonstrar;



                                                           
            A vida me ensinou a ter olhos para "ver e ouvir estrelas",
  embora nem sempre consiga entendê-las;



A ver o encanto do pôr-do-sol;





A sentir a dor do adeus e do que se acaba,
 sempre lutando para preservar tudo o que é importante
para a felicidade do meu ser; 



A abrir minhas janelas para o amor,
a não temer o futuro;





A vida me ensinou 
e está me ensinando
a aproveitar o presente,
como um presente que da vida recebi,
e usá-lo como um diamante 
que eu mesmo tenha que lapidar,
lhe dando forma da maneira que eu escolher.