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quinta-feira, 19 de outubro de 2017

... Riscos ... Sêneca ...





Era de uma família ilustre. 
Ainda criança, com apenas três anos,

foi enviado a Roma para estudar oratória e filosofia.
Com a saúde abalada pelo rigor dos estudos,

 passou uma temporada no Egito para se recuperar,
e regressou a Roma por volta do ano 31.

 Nessa ocasião, iniciou carreira como orador e advogado
e logo chegou ao senado.

Em 41, foi acusado por Messalina,
 esposa do imperador Cláudio,
de ter cometido adultério com Júlia Livila,
sobrinha do imperador.
 Como consequência, foi exilado para a ilha de Córsega.
No exílio, em meio a grandes privações materiais,
Sêneca dedicou-se aos estudos
e redigiu vários de seus principais tratados filosóficos.
 Entre eles, os três intitulados Consolationes ("Consolos"),
em que expõe os ideais estoicos clássicos
 de renúncia aos bens materiais em busca da tranquilidade  mediante o conhecimento e a contemplação,
e com isso ser capaz de superar  paixões,
 angustias e desordem da alma.

"A filosofia estoica nos fala mais ou menos isso:
 um indivíduo é,
não o que ele diz ser,
 mas como ele se comporta."
 
Sêneca foi um dos mais célebres
advogado, escritor e intelectual do Império Romano.
Conhecido como "o moço", "o jovem",

o filósofo teve sua obra literária e filosófica,
 tida como modelo  durante o Renascimento,
 inspirando o desenvolvimento
da tragédia na dramaturgia europeia renascentista.


  ■ ■ ■ 

Riscos ... 

Rir é correr o risco de parecer tolo.

 Chorar é correr o risco de parecer sentimental.

 Estender a mão é correr o risco de se envolver.

 Expor seus sentimentos
é correr o risco de mostrar seu verdadeiro eu.

 Defender seus sonhos e idéias diante da multidão
é correr o risco de perder as pessoas.

 Amar é correr o risco de não ser correspondido.


 Viver é correr o risco de morrer.


 Confiar é correr o risco de se decepcionar.


 Tentar é correr o risco de fracassar.


 Mas os riscos devem ser corridos,
porque o maior perigo é não arriscar nada.
 Há pessoas que não correm nenhum risco,
 não fazem nada, não têm nada e não são nada.
 Elas podem até evitar sofrimentos e desilusões,
mas elas não conseguem nada, não sentem nada,
não mudam, não crescem, não amam, não vivem.
 Acorrentadas por suas atitudes,
elas viram escravas, privam-se de sua liberdade.
 Somente a pessoa que corre riscos é livre!




 

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