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terça-feira, 24 de outubro de 2017

... Bacalhau ...

 
 
 
Nesta postagem, vamos falar um pouquinho
do famoso e gostoso "Bacalhau".
 

 

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Bacalhau é um peixe?
Não!!!

Bacalhau é o nome comum
 dado a algumas espécies de peixes.
 E essas espécies marinhas 
são vendidas com o nome de bacalhau.
 

      Mas tem uma espécie que é chamada de:
          "bacalhau" legítimo ou "bacalhau"nobre.        
É o peixe Gadus Morhua,
considerado o melhor de todos.    
Ele também é conhecido como
                                cod ou "bacalhau" do Porto,
                  uma referência à cidade portuguesa de Porto,
            apesar de não haver "bacalhau" em águas lusitanas.

 É que  Porto é um importante centro de comércio
desse peixe seco e salgado que chega do Atlântico Norte,
em especial da Noruega.
 
 
                                   Gadus Macrocephalus
Bem parecido com o Gadus Morhua,
com diferenças apenas no rabo, barbatanas,
 e na coloração que é mais clara.
Isso o leva a ser chamado também
de "bacalhau" do Porto.
É encontrado em águas do Pacífico.
 
 

Saithe

É o nome do peixe Pollachius Virens.
Esse "bacalhau" tem carne escura
e de sabor bastante acentuado.
Muito mais barato que o "bacalhau" do Porto,
e bastante popular no Brasil.
 
 
Zarbo
O Brosme Brosme,
 é o menor de todos os tipos de "bacalhau".
Seu preço é relativamente baixo
e tem muita aceitação no mercado brasileiro.
Sua carne não faz feio quando bem preparada.
 
 
Ling
O  Molva Molva,
distingue-se dos outros
 por ser bem mais estreito.
Sua carne é mais clara que a do Saithe
e seu preço também é bastante razoável.
Por isso, faz bastante sucesso
entre os mestres-cucas.
 
 
 Em Moçambique e na Guiné-Bissau,
encontramos o  Rachycentron canadum - Beijupirá,
uma espécie de peixe da ordem Perciformes,
também chamado de "bacalhau".
O beijupirá atinge
 um comprimento de 2 mts
 e peso de até no máximo 80 kg.
 Possui corpo fusiforme,
sub-cilíndrico, cabeça achatada.
Possui olhos pequenos, boca prognata.

   
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O "bacalhau" é um peixe de águas rasas,
sendo facilmente encontrado
a 35 metros de profundidade.
 
Em períodos de reprodução,
ele migra para águas ainda mais rasas e calmas
 perto da costa e desova em locais mais quentes.
 
Na pesca, depois de fisgado, o "bacalhau" não luta,
 quietinho fica esperando ser içado.
 
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O principal destino dos cardumes de "bacalhau",
quando chega à fase adulta,
é o Arquipélago de Lofoten,
região a noroeste do mar da Noruega,
onde se realizam
 as maiores pescarias de "bacalhau" no mundo.
 
 
 A cidade de Aalesund, na Noruega,
é conhecida como a capital mundial do "bacalhau".
Nela se encontram as maiores indústrias de transformação
e um dos principais portos de exportação.
 
 
 
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A descoberta do "bacalhau", é creditada aos Vikings.
 
 

 Os Vikings foram exploradores, guerreiros,
comerciantes e piratas nórdicos (escandinavos),
que a partir do séc.VIII,
  saíram pelos mares em grandes aventuras,
invadindo, explorando e até colonizando.
Para as viagens
precisavam de alimentos não perecíveis.
E nas tentativas de conservar peixes,
conseguiram sucesso com o "bacalhau". 
 
Porém foram os portugueses
que fizeram da pesca do "bacalhau", um trabalho.
A  pesca do "bacalhau" pelos portugueses
 teve início em 1353,
depois de um acordo firmado entre
 Portugal e a Inglaterra,
indicando que antes disso
os portugueses já exploravam essa extração.
 
Entre muitos acordos e desacordos,
em 1974 terminou definitivamente
 a pesca do "bacalhau" à linha.
 
 
Os heroicos pescadores portugueses
partiam em abril e ficavam ate outubro
nas águas frias da Noruega e Groelândia.



Cada navio levava em média 50 barquinhos de 5 metros,
chamados de Dóris.
A cada pescador era destinado um barquinho.


Sozinhos, corriam grandes riscos
como nevoeiros, tempestades e iceberg,
comuns naquela região fria.
 
Partiam as quatro horas da manhã
e trabalhavam vinte horas por dia.
A cada duas horas retornavam ao navio
para descarregar o pescado e partiam de novo.

Só retornavam a Portugal,
quando os navios estivessem totalmente carregados. 
 



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O processo de conservação do "bacalhau" é natural.
 Não é usado nenhum tipo de química ou conservantes.
A conservação é feita por um processo de salga e secagem,
que tem o objetivo de retirar apenas a água do peixe,
preservando suas proteínas, vitaminas e minerais.
Com isso seu sabor e valores nutritivos são mantidos.
 
 No processo de salga, o "bacalhau" é colocado
em tanques cobertos por quilos de sal
e assim fica por cerca de quatro semanas.
Durante as duas primeiras semanas
o peixe fica em salmoura.

 Depois, é retirado, lavado
e armazenado em paletes
para permanecer mais uma ou duas semanas
descansando em sal.
Conforme o tamanho e a espessura do peixe,
chega-se a trocar o sal mais de uma vez.
Finalizada essa etapa, o pescado vai para a secagem
em câmaras de ar por dois a cinco dias.
Depois, segue para o controle de qualidade
para ser pesado, embalado e exportado
em  refrigeração entre 2º e 4º graus. 
 
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Para os portugueses,
no auge das expedições marítimas,
aquele peixe duro e seco era o ideal
para ser estocado nos porões das naus,
e graças a isso chegou ao Brasil,
trazido pelas naus portuguesas.
   
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Não sei se em outras partes do mundo,
mais aqui no Brasil,
chega-se a fazer uma brincadeira com a pergunta:

Bacalhau tem cabeça ???
Nunca vimos uma !!!
 
Claro que "bacalhau" tem cabeça,
e segundo degustadores, tem um sabor muito bom,
 sendo mais gostosa que o corpo.

  

 
 

 


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