
A Verdade
(adaptação de um conto judaico)
A VERDADE andava nua,
sem roupas, sem adornos,
sem nada que pudesse escondê-la.
E as pessoas sempre lhe davam as costas.
Ninguém lhe dava boas vindas.
E a verdade percorria a Terra, 
sentindo-se rejeitada e desprezada.
Um belo dia,
 a Parábola passeava alegremente,
 quando avistou a Verdade desconsolada e triste
e perguntou-lhe:
- Verdade, por que você está tão triste e abatida?
- Devo ser muito feia e má.
Por isso as pessoas me evitam e desprezam.
- Que disparate.
Não é nada disso.
Vista alguma coisa, esconda-se um pouco
e depois me conte o que aconteceu.
 As vezes acontece das pessoas 
 não saberem encarar a Verdade.
Elas tem dentro delas,
 um receio delas mesmo.
São imaturas, duvidosas.
Não se sentem capazes 
de encarar a vida com naturalidade,
receiam a responsabilidade.
Elas tem receio até de ser felizes,
e fogem da verdade,
 preferindo viver na obscuridade. 
E assim fez a Verdade.
Vestiu-se com umas roupas bonitas 
e percebeu que "mascarada" 
as pessoas aceitavam-na 
por onde ela passava.
E concluiu 
que as pessoas não gostam de encarar
 a verdade nua e crua.
Elas a preferem disfarçada,
 rebuscada, mascarada, dissimulada.





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