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quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Alzeheimer




Aloysius Alzheimer
Alois Alzeheimer como era conhecido,
nasceu em 14 de junho de 1864 em Marktbreit,
 Reino da Baviera (atual  Alemanha),
e morreu em 19 de dezembro de 1915 em Breslau,
Prússia (atualmente Wrocław,  Polónia), 
 de complicações renais e grave infecção cardíaca.


A infância de Alois foi tranquila, com 5 irmãos.
Desde cedo seu fascínio pela Ciência foi notado.
 Em 1874, Alois foi morar em Aschaffenburg com um tio
 para concluir o ensino médio.
Ao se formar em 1883,
teve registrado em seus documentos escolares ...
"Este aluno demonstrou
conhecimento excepcional em ciências naturais,
 assunto pelo qual mostrou particular preferência
durante seus anos de estudo".
E justamente nessa época Alois,
 teve uma perda que muito o abalou.
O falecimento de sua mãe.
 
De sua família herdou a tradição
 de sempre ajudar o próximo.
 Depois da morte da sua mãe,
Alois decidiu se dedicar à medicina.
 Ele viu na medicina 
 a oportunidade de juntar seus dois principais interesses:
ciências naturais e pessoas.
Sua opção foi pela psiquiatria.
 
Ainda em 1883, Alois decidiu se mudar para Berlim
para cursar a faculdade.
Seu curso universitário
foi na  Universidade Real de Friedrich Wilhelm.
 
 Nessa época da faculdade, Alois praticava esgrima.
Sua grande paixão no esporte.
Até que um dia levou um ferimento sério no rosto
 que lhe deixou uma  cicatriz grande e profunda,
 motivo pelo qual ele não gostava de tirar fotos
 que mostrasse seu lado direito do rosto.
 

Em 1886, Alois resolveu fazer um curso
 mais avançado na Universidade de Tübingen,
 e em 1888 entrou para o Conselho de Medicina de Würzburg.
 Nesse mesmo ano,
introduziu o uso do microscópio na psiquiatria,
 pois  queria investigar a influência biológica
 nas doenças mentais.

Aos 24 anos,
o jovem médico entrou para a equipe médica
de um dos maiores hospitais desse tipo da Alemanha.
 Naquela época era conhecido como o "Castelo dos Loucos"
o Hopital Psiquiatrico de Frankfurt,
pois só aceitava os casos mais graves de doença mental.
Junto com dois grandes médicos,
Alois transformou por completo
 a forma de cuidado com os pacientes.
 Eles eliminaram os métodos cruéis
e substituíram
por um cuidado muito maior com os doentes.

Em 1901, uma paciente diferente chegou no hospital,
e mexeu com a cabeça do jovem médico Alois.
A paciente Auguste Deter de 51 anos,
chegou ao hospital acompanhada do marido.
 
Alois, nessa época, era o responsável pelo Hopital.
Quem atendeu o caso de Auguste foi o seu assistente,
o médico Nitsch, que sem compreender
o que a paciente tinha, recorreu a Alois.

O encontro com Auguste,
 mudou completamente o rumo da carreira de Alois.
Alois ficou fascinado,
já nos primeiros contatos com Auguste.
 Tentava compreender como aconteciam tantas incoerências
 ao mesmo tempo:
 lembrar-se de coisas antigas e esquecer recentes,
 humor oscilante e comportamento também.
O marido contou, que até 1901 a esposa não tinha apresentado nenhum sinal de demência.
Foi de repente
que ela começou a ter lapsos de memória.
Segundo o marido,
o humor de Auguste estava oscilando
entre a melancolia e o contentamento.
 Ela não lembrava do próprio nome
e esquecia o ano em que nasceu.
Ao mesmo tempo, lembrava-se que tinha uma filha
 que morava ali perto e que tinha se casado em Berlim.
Não lembrava o nome do seu marido.
O marido de Auguste dizia que ela sempre teve ótima saúde, trabalhava muito,

nunca tinha tido nenhuma doença infecciosa mais séria
 e nem bebia.
Além disso, os lapsos de memória começaram a aparecer
de um dia para o outro e ela começou a mentir
para disfarçar a confusão mental que estava sentindo.
Começou a ter dificuldades em cozinhar,
que era uma atividade habitual para ela
e começou a perambular sem rumo pela casa.
Quando sua doença avançou um pouco mais,
 ela começou a esconder objetos distintos,
de forma que não fazia sentido para o marido
e deixava sua casa um caos.

O exame geral de Auguste demonstrou que ela era saudável,
e o neurológico mostrou que,
apesar de pequenas anomalias,
estava tudo bem também.

Afinal, o que tinha Auguste?
 
Essa pergunta rodeou a cabeça do médico durante anos!
Alois já tinha visto casos de pacientes com sintomas parecidos
 e que foram diagnosticados como demência senil,
 por serem todos mais velhos.
Mas, Auguste tinha 51 anos e isso era intrigante.
 
Na época,
quando aparecia alguém com sintomas
 que hoje sabemos ser da doença de Alzheimer,
 o tratamento era tomar banhos mornos,
 descanso na parte da tarde e uma refeição leve a noite.
E isso foi receitado para Auguste.
 

Depois de um ano internada, mesmo sem tomar café e chás
 e seguindo todas as orientações,
Auguste estava sempre agitada e ansiosa.
Durante a noite, ela saía de sua cama
 e ia perturbar outros pacientes do hospital.
Comunicar-se com ela estava cada vez mais difícil
 para os médicos.
Ela perdeu o apetite, chorava muito sem motivo aparente,
 e segundo anotações do próprio Alzheimer,
ela ficou violenta quando ele tentou fazer a ausculta,
que é a escuta dos sons internos do corpo,
feita com um estetoscópio.
As anotações das observações de Alois Alzheimer
 em relação a Auguste
 descrevem a progressão da doença
 de uma forma bem parecida
com o que conhecemos hoje como
os estágios do Alzheimer.
 
Em 1906, Auguste faleceu com pneumonia,
e Alzheimer pôde estudar seu cérebro
e compreender melhor
o que acontecia com aquela paciente tão intrigante.
 
Com o estudo do cérebro,
Alzheimer chegou a conclusão de que o cérebro de Auguste
 tinha muitas semelhanças
 com o de um idoso com demência senil.
Além disso, notou a presença
 de alguns “depósitos” que lembravam placas esféricas
 em todo o cérebro
que hoje, são conhecidas por  placas beta-amiloides.
 
Depois dessa descoberta, em 1906,
Alzheimer foi ao 37º Congresso de Psiquiatria
do Sudoeste da Alemanha,
 expor o caso de Auguste Deter à comunidade científica.
Quando acabou a sua apresentação,
  nenhuma pergunta foi feita sobre o assunto.
 Ignoraram a importância e a grandiosidade
da descoberta para a época.
O médico, então,
saiu do congresso extremamente decepcionado.
 
No ano seguinte, em 1907,
 apareceram no hospital que Alzheimer trabalhava,
 3 pacientes com os mesmos sintomas de Auguste,
e de fato, todas as análises confirmavam as hipóteses
de Alois Alzheimer.
Existia uma doença neurodegenerativa,
 que danificava algumas partes do cérebro,
 era progressiva e causava esses sintomas.
 
Em 1909, Alzheimer publicou as descobertas
 e os dados desses 4 pacientes em um periódico médico,
e um ano depois, o termo “doença de Alzheimer”
apareceu pela primeira vez.
Antes de seu falecimento,
Alzheimer teve reconhecimento mundial
da comunidade científica,
apesar da falta de interesse inicial
 que tiveram em sua descoberta.
 O Dr. Judes Poirier, em seu livro,
“Doença de Alzheimer: O Guia Completo”,
 chama Alzheimer de “um cientista com coração”.
 E ele foi mesmo.
A preocupação com o próximo, com as relações sociais
 e a compreensão do sofrimento alheio
foram as motivações essenciais
para que esse médico chegasse
 a descoberta da Doença de Alzheimer.
E essa doença recebeu o mome de Alzeheimer,
pela dedicação, interesse
e estudos voltados para a doença,
feitos por Alois Alzeheimer.
 
Hoje, os estudos estão ainda em desenvolvimento
 e faltam muitas coisas
a serem descobertas sobre essa doença.
 Mas, vários órgãos, instituições e cientistas
se dedicam a compreender a doença
e avançar os estudos nesse sentido.
 
 

Esse grande monstro,
que a tantos assustam, pode ser detido.
Mas para isso é preciso
que nós trabalhemos seriamente,
ajudando nosso cérebro.


Uma descoberta no "Neuroscience"
revela que o cérebro
tem uma capacidade extraordinária
de crescer e mudar o padrão de suas conexões.


Os autores desta descoberta, Lawrence Katz e Manning Rubin (2000),

 revelam que neuróbica, ou "neurônios aeróbicos"

é uma nova forma de exercício cerebral,
projetada para manter o cérebro ágil e saudável,
 criando novos e diferentes padrões de comportamento,
e as atividades dos neurônios em seu cérebro.
Cerca de 80% de nossa vida diária,
é ocupado por rotinas que,
 apesar de ter a vantagem de reduzir o esforço intelectual,
 escondem um efeito perverso.
 Limitam e atrofiam o  cérebro,
não permitindo a renovação e crescimento dos neurônios.



Para contrariar esta tendência,
é necessário praticar alguns "exercícios para o cérebro",
que fazem a pessoa pensar apenas no que  está fazendo, concentrando-se na tarefa.
O desafio da neuróbica está em fazer
 tudo ao contrário do de rotina,
forçando o cérebro a um trabalho adicional.

 

Sabemos que o lado direito do cérebro,
comanda o lado esquerdo de nosso corpo,
e que o lado esquerdo do cérebro,
 comanda o lado direito do corpo.
E o que acontece é que enquanto um lado do cérebro
trabalha incessantemente,
o outro fica só descansando,
o que o leva a uma inércia,
as vezes sem condições de retorno.
 
 
As informações abaixo,
quando se referem a trabalho manual,
é para destros e canhotos.

- Mude de mão para escovar os dentes.

- Use o relógio na mão oposta à normalmente utilizada.

- Ao alimentar-se use a mão contraria a de costume.
Esse exercício, no começo é difícil.
O garfo vai para a testa, para o nariz,
mas logo conseguimos dominar essa tarefa.

- Comece a escrever com a mão contraria,
 que a de costume.
Muito mais rápido do que podemos imaginar,
 estamos conseguindo escrever bem
 e até com uma letra bonita.
Não desanime na primeira fase
 em que só conseguimos garranchos.

- Procure sempre usar a mão contraria a de costume,
quando for usa-la.

-Penteie o cabelo com a outra mão.

- Sempre que for tocar algo,
ou pegar, use a mão contraria a de costume.

- Tente manusear o seu mouse com a mão contraria.
( Estou na tentativa)

- O uso do celular, hoje é quase impossível de se evitar.
Mas o manuseie com a outra mão, que a de costume. 
 
A doença de Alzheimer pode ser evitada ou amenizada,
ao mudarmos rotinas que nos levam a  deixar estimulados
 os dois lados do cérebro. 
 
-Caminhe ao redor da casa,
ao redor de um parque, 
e faça a volta ao contrário depois.
Na China essa rotina é praticada em parques.

-Vista-se de olhos fechados.

- Veja fotos de cabeça para baixo.
 
- Incentive seu paladar, com diferentes sabores.
Sabe algo de que você não gosta e não come.
Force-se a sentir paladares que não aprecia.

 - Verifique o tempo no espelho
 (olhe o relógio pelo espelho).


Busque aqueles passatempos tão bons de outrora,
e que hoje estão quase esquecidos.
 



Use sua criatividade, sua imaginação.
O importante é que você estimule o seu cérebro.
Nossos neurônios ficarão felizes e agradecidos.
 
 
Façamos mudanças enquanto ainda há tempo.
 


 

 

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