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terça-feira, 27 de setembro de 2022

... Girassóis ...


Toda flor, além da beleza com que nos presenteia,
com suas cores, perfume e formas,
tem a sua peculiaridade.

O girassol nos presenteia também com diversas lendas.
Essa é lindinha demais.

・:,。☆゚・:,。

Há muito tempo, havia uma tribo de índios 
conhecida como Ianomâmi, ao norte do Amazonas (Brasil). 
O chefe religioso dos índios, também feiticeiro, 
sempre se reunia com os curumins em torno da fogueira, 
para contar velhas lendas da tribo. 
Uma dessas histórias, era a lenda do girassol. 
O pajé notava que as crianças adoravam essas histórias 
e quando eram contadas, 
percebia em seus rostos o brilho dos olhos, 
mostrando o interesse e participação nas vivências.

A lenda conta que, certa vez nessa tribo indígena, 
nasceu uma indiazinha com cabelos claros, quase dourados. 
A tribo ficou agitada com a novidade, 
pois nunca haviam visto nada parecido. 
Assim, a menina foi chamada de Ianaã, 
que significava a deusa do Sol.

Todos adoravam Ianaã. 
Os mais fortes e belos guerreiros da tribo e da vizinhança 
não resistiam aos seus encantos. 
Porém, ela recusava os cortejos, 
dizendo que ainda era muito cedo para assumir um compromisso.

Certo dia, a indiazinha estava brincando alegremente 
e nadando no rio, quando sentiu os raios de Sol enviados a ela 
como se fossem dois grandes braços, acariciando sua pele dourada. Foi o momento em que o Sol 
tomou conhecimento daquela menininha tão linda 
e se apaixonou incondicionalmente por ela.

Ianaã também amava o Sol 
e todas as manhãs ela o esperava nascer com muita alegria. 
Ele aparecia aos poucos e o primeiro sorriso, 
assim como os raios dourados e morninhos, 
eram direcionados para ela. 
Era como se estivesse dizendo: 
Bom dia, minha linda flor!

Não era só o Sol que gostava da indiazinha, 
ela era amiga da natureza. 
Por onde passava, 
os pássaros voavam e pousavam em seus ombros. 
Ela os chamava de amiguinhos e os beijava.

Tragicamente, um dia a pequena índia ficou triste e adoeceu, 
quase não saia da choupana. 
O Sol, apaixonado e sentindo sua falta, fazia tudo para alegrá-la, 
mas não tinha nenhum resultado. 
Infelizmente, ela não resistiu e morreu.

A mata ficou em silêncio total, 
o Sol não apareceu e toda a aldeia ficou triste. 
O povo da tribo se esvaiu em lágrimas 
e enterraram Ianaã próxima ao rio que ela tanto amava. 
O Sol derramou muitas lágrimas
até que, certo dia, resolveu aparecer na terra 
onde a índia amada estava sepultada.

Após alguns meses, no lugar onde estava sepultada Ianaã
nasceu uma planta verdinha, 
que cresceu e desabrochou numa linda flor redonda, 
com pétalas amarelas e o centro formado por sementes escuras.
 
A flor ficava
voltada para o Sol desde o amanhecer, até o crepúsculo vespertino. Durante a noite, ela se pendia para baixo, 
como se tivesse adormecido.

No início do novo dia, acordava pronta para sentir o Sol
e ser beijada e acariciada por seus raios. 
As sementes dela viraram alimento para seus amados amiguinhos. Essa linda flor, recebeu da tribo o nome de girassol. 

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