Toda flor, além da beleza com que nos presenteia,
com suas cores, perfume e formas,
tem a sua peculiaridade.
O girassol nos presenteia também com diversas lendas.
Essa é lindinha demais.
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Há muito tempo, havia uma tribo de índios
conhecida como Ianomâmi, ao norte do Amazonas (Brasil).
O chefe religioso dos índios, também feiticeiro,
sempre se reunia com os curumins em torno da fogueira,
para contar velhas lendas da tribo.
Uma dessas histórias, era a lenda do girassol.
O pajé notava que as crianças adoravam essas histórias
e quando eram contadas,
percebia em seus rostos o brilho dos olhos,
mostrando o interesse e participação nas vivências.
A lenda conta que, certa vez nessa tribo indígena,
nasceu uma indiazinha com cabelos claros, quase dourados.
A tribo ficou agitada com a novidade,
pois nunca haviam visto nada parecido.
Assim, a menina foi chamada de Ianaã,
que significava a deusa do Sol.
Todos adoravam Ianaã.
Os mais fortes e belos guerreiros da tribo e da vizinhança
não resistiam aos seus encantos.
Porém, ela recusava os cortejos,
dizendo que ainda era muito cedo para assumir um compromisso.
Certo dia, a indiazinha estava brincando alegremente
e nadando no rio, quando sentiu os raios de Sol enviados a ela
como se fossem dois grandes braços, acariciando sua pele dourada. Foi o momento em que o Sol
tomou conhecimento daquela menininha tão linda
e se apaixonou incondicionalmente por ela.
Ianaã também amava o Sol
e todas as manhãs ela o esperava nascer com muita alegria.
Ele aparecia aos poucos e o primeiro sorriso,
assim como os raios dourados e morninhos,
eram direcionados para ela.
Era como se estivesse dizendo:
- Bom dia, minha linda flor!
Não era só o Sol que gostava da indiazinha,
ela era amiga da natureza.
Por onde passava,
os pássaros voavam e pousavam em seus ombros.
Ela os chamava de amiguinhos e os beijava.
Tragicamente, um dia a pequena índia ficou triste e adoeceu,
quase não saia da choupana.
O Sol, apaixonado e sentindo sua falta, fazia tudo para alegrá-la,
mas não tinha nenhum resultado.
Infelizmente, ela não resistiu e morreu.
A mata ficou em silêncio total,
o Sol não apareceu e toda a aldeia ficou triste.
O povo da tribo se esvaiu em lágrimas
e enterraram Ianaã próxima ao rio que ela tanto amava.
O Sol derramou muitas lágrimas
até que, certo dia, resolveu aparecer na terra
onde a índia amada estava sepultada.
Após alguns meses, no lugar onde estava sepultada Ianaã
nasceu uma planta verdinha,
que cresceu e desabrochou numa linda flor redonda,
com pétalas amarelas e o centro formado por sementes escuras.
A flor ficava
voltada para o Sol desde o amanhecer, até o crepúsculo vespertino. Durante a noite, ela se pendia para baixo,
voltada para o Sol desde o amanhecer, até o crepúsculo vespertino. Durante a noite, ela se pendia para baixo,
como se tivesse adormecido.
No início do novo dia, acordava pronta para sentir o Sol
e ser beijada e acariciada por seus raios.
As sementes dela viraram alimento para seus amados amiguinhos. Essa linda flor, recebeu da tribo o nome de girassol.
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