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quarta-feira, 4 de setembro de 2019

... Os Dogons ...



Os Dogons

Na Republica do Mali, região do antigo Sudão francês,
África Ocidental,
A 200 km da cidade de Timbuktu,
na curva do rio Niger,
um abismo de 300 m. de profundidade 
ornado pelas escarpas de Bandiagara,
é a porta de entrada para a terra dos Dogons.

Este antigo e pacífico povo, ali se eradicou no sec. 13,
e permaneceu isolado do mundo até as primeiras décadas do sec. 20,
mantendo intactas e inalterada
sua rica e fantástica cultura.

A história dos Dogons é um fascinante mistério.






O antropólogo francês Marcel Griaule 
e a etnóloga Germaine Dierterlen,
depois de anos de pesquisas (1931 - 1946),
e revelações de Sacerdotes Dogons 
que concordaram em revelar 
parte de suas tradições secretas e mitos, 
nos dizem que os Dogons, 
mesmo desprovidos de recursos ópticos, como telescópio,
 tem pleno conhecimento da natureza dupla da estrela Sirius.

Praticamente analfabetos, 
isolados em um inóspito território da África Subtropical,
os Dogons contaram a Marcel Griaule, 
conhecimentos muito precisos a respeito do Universo,
em especial, do Sistema Estrelar de Sirius, 
localizada na Constelação de Cão Maior,
aproximadamente 8,57 ano-luz  de distância da Terra, 
e longe demais para ser observada a olho nu.
Segundo os sacerdotes, a estrela Sirius A, chamada de Sigi Tolo, possui uma companheira anã, invisível a olho nu,
 chamada de  Po Tolo.
Relataram também detalhes exatos a respeito da órbita, 
rotação, densidade, massa e características dessas estrelas.
Essa estrela só foi descoberta no séc. 19, 
e uma foto só foi conseguida em 1970.
Sirius B pertence a categoria das anãs implodidas, 
descoberta em 1862 por Alvan G. Clark,
mas não foi através de observações diretas 
e sim por cálculos matemáticos.
Por estar acoplada a sua irmã Sirius A, 
a imagem de Sirius B se confunde com ela, 
e só muito recentemente foi possível perceber que são duas estrelas.



Importante lembrar que apenas no ano de 1970, 
os astrônomos conseguiram por meio de potentes telescópios, fotografar Sirius B, 
ocasião em que a humanidade se viu obrigada 
a curvar-se diante dos Dogons 
e reconhecer a veracidade de informações prestadas 
pelos seus sacerdotes.
 Os membros desta tribo falam também 
sobre a existência de um terceiro astro do Sistema Estrelar de Sirius, chamado de  Emme YA, atualmente denominada de Sirius C, 
dizendo se tratar de uma estrela pequena 
com apenas um Planeta em sua órbita.
Se já era inimaginável os Dogons conhecerem Sirius B, 
ainda mais impossível seria saber da existência de Srius C, 
diante de seu diminuto tamanho.
Entretanto, em 1995, os astrônomos franceses, 
Daniel Benest e J.L. Duvent, após anos de pesquisas,
publicaram os resultados de seus estudos 
no jornal Astronomy and Astrophysics, 
confirmando a existência de uma pequena estrela anã vermelha existente no sistema da estrela Sirius, nominando-a de Sirius C.

Os Dogons sabem que Sirius B, gira em torno de si mesma 
e a cada 50 anos, dá uma volta ao redor de Sirius A, 
resultando num eclipse. 
Isso é celebrado com a Festa de Sigi 
(nome que os Dogons dão a Sirius), 
num festival para o qual eles confeccionam máscaras, 
que são usadas também no ritual de Damas, 
que acontece a cada 3 anos, 
e também nos rituais funerários de figuras destacadas da aldeia.









Os Dogons vivem em um território bastante hostil e árido,
com chuvas anuais de apenas 40 milímetros, 
nos meses de abril e maio e temperatura de até 60º centígrados. 
Seu modo de vida é considerado primitivo
 para os padrões modernos.
Apesar de todas as diversidades impostas pelo meio ambiente, 
este povo conseguiu sobreviver através da caça 
e do cultivo de um milho de grãos pequenos, 
cebola, amendoim, algodão e fumo.

Às mulheres cabe a tarefa de buscar água, 
encontrada somente em poços na base dos penhascos 
e caregá-la para cima em potes que vazios, 
chegam a pesar 20 quilos.
São as mulheres também, que preparam a cerveja a partir do milho,
e a cerveja excedente é vendida na feira da aldeia 
que acontece de 5 em 5 dias.

No fim da estação da seca, 
as chuvas caem quase que de uma só vez.
O cenário muda.
Do alto dos penhascos surgem quedas d'água,
fomando arroios na planície.

É a época do plantio, e em poucas semanas, 
o que era um deserto se transforma em um quase tapete verdejante.



Suas casas são construídas 
com uma mistura de argila, palha, esterco bovino e também pedras.
Sua arquitetura é em forma cônica, cobertas de palha seca,
para ajudar a amenizar o calor escaldante.
A produção que o solo pouco generoso fornece,
é guardada em pequenos celeiros.




Um pouco da arte dos Dogons








A estrutura social dos Dogons 
é composta  basicamente de camponeses, caçadores, artesãos, feiticeiros e sacerdotes.
Os sacerdotes tem a posição hierárquica mais elevada na tribo.


Os Dogons dizem que Vênus, no início dos tempos era vermelho.  Descrevem com exatidão o tempo de rotação e translação da Terra. Além disso, sabem que o Sol está se consumindo aos poucos 
e que a Lua é um corpo celeste sem vida.


A cultura Dogon remonta de mais de 5000 anos, e todo seu conhecimento foi repassado oralmente de geração em geração.

O fato de uma tribo africana primitiva
 possuir conhecimentos tão avançados sobre o Universo 
é um mistério que talvez, possa ser facilmente explicado, 
caso sejamos capazes de expandir nossa consciência,
 e compreendermos que suas histórias, 
não são apenas lendas ou folclores, 
mas sim um espelho de eventos reais.



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