COMUNICADO IMPORTANTE


Informo que a Autora do Blog faleceu em 16 de Abril de 2023, e, por conta disso, este espaço não será mais atualizado, e também não haverá aprovação de novos comentários.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

... Carnaval ...




O Carnaval é a festa profana
mais antiga de que se tem registro.
 Ele era  marcado por grandes festas,
 onde se comia, bebia, 
 participava-se de alegres celebrações
e uma busca incessante de prazeres.
O Carnaval prolongava-se por até sete dias.
 Todas as atividades e negócios
 eram suspensos neste período.
Os escravos ganhavam liberdade temporária
 para fazerem o que  quisessem
 e as restrições morais eram relaxadas.



             Eram festas geralmente para comemorar colheitas.

Quanto à origem dessa festa,
temos diversos indícios.
O culto de Ísis no Egito.
Festas dos romanos em honra a Saturno.
Festejos em honra a Dionísio, na Grécia.
E até mesmo às festas 
dos "inocentes" e "doidos", na Idade Média.




Essa festa chamada de carnaval,
 começou a acontecer 
a mais ou menos 10.000 anos a.C. 


 Homens e mulheres mascarados,
com corpos pintados e cobertos de peles ou plumas,
saíam em bandos e a algazarra era generalizada.






Essa festa era chamada de Carnis Levale,
ou seja, nesses dia não se comia carne.

Com o passar dos tempos
foram acontecendo mudanças no estilo da festa,
mas continuavam, firmes e fortes.



Armavam-se grandes mesas à frente das casas
para senhores e escravos comerem à vontade,
 sem distinções.
E os escravos tinham o direito
 de dizer verdades a seus donos,
 ridicularizá-los, fazer o que quisessem.

A componente libidinosa destas festas 
é inegável em todos os textos antigos.



Porém, esse nosso Carnaval de hoje
é atribuído aos gregos.




Dionísio, era um deus bastardo para os pagãos.

 Por muito tempo perambulou pela Ásia Menor até que,
conta a lenda, pelas mãos do sacerdote Melampo,
foi introduzido em terras gregas.
Tornou-se um sucesso.
Conforme as plantações de parreiras se espalhavam
pelas ilhas da Grécia e pela região da Arcádia,
mais o celebravam.
Em todas as festas no campo
ele se fazia cada vez mais presente.
Ele era representado como uma figura humana,
só que de chifres, barbas e pés de bode,
com um olhar invariavelmente embriagado.

 As primeiras seguidoras do deus Dionísio,
há uns 3 ou 3,5 mil anos atrás, foram mulheres
 que viram nos dias que lhe eram dedicados
um momento para escaparem da vigilância dos maridos,
dos pais e dos irmãos, para poderem cair na folia
"em meio a danças furiosas e gritos de júbilo".
 
Nos dias permitidos, elas, chamadas de coribantes,
saíam aos bandos, com o rosto coberto de pó
e com vestes transformadas ou rasgadas,
cantando e gritando pelas montanhas gregas.

Os homens, transfigurados em silenos e sátiros,
não demoraram em aderir às procissões de mulheres
e ao "frenesi dionisíaco".

A festança que se estendia por três dias,
encerrava-se com uma bebedeira coletiva
em meio a um vale-tudo.



Mas aconteceu das autoridades
(as cortes, os sacerdotes e os ricos)
não gostarem nem um pouco daqueles festejos malucos.
Entre as razões
era por serem eles as vítimas favoritas das sátiras.    
Os festejos bacantes, como era conhecido,
além de serem
um teatralização coletiva da inversão de tudo,    
serviam como um acerto de contas
do povo com os seus governantes,
ainda que metafórico e psicológico.  
O miserável vestia-se de rei, o ricaço de pobretão,
o libertino  como guia religioso,
e a rameira local posava como a mais pura donzela,
Homens vestidos como mulheres e assim por diante.
Dionísio brincalhão, irreverente e debochado,
estimulava que virassem o mundo de ponta-cabeça.

A repressão a festa não teve exito.

Foi então que no século VI a.C., Pisístrato,
o tirano de Atenas, oficiou-lhe homenagens.
Não só isso.
Construiu-lhe um templo na Acrópole:
o teatro Dionísio, que está lá até hoje.
 

 Organizou em seguida
concursos de peças cômicas ou dramáticas
 para celebrá-lo no palco, iniciando assim em Atenas
a política do amparo às artes cênicas pelo Estado.


Daí essa festa foi se espalhando por toda Europa.


As máscaras vão aparecer em Veneza,
onde a nobreza se disfarçava para sair 
e misturar-se com o povo.




 Esse período de festas se propagou,
sendo que acontecia de acordo com os costumes da região.


 O carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias,
é produto da sociedade vitoriana do século XIX.



A cidade de Paris foi o principal modelo exportador
da festa carnavalesca para o mundo.


Cidades como Nice, Nova Orleans,
Toronto e Rio de Janeiro
se inspiraram no carnaval parisiense
para implantar suas festas carnavalescas.


Porém no Rio antigo, tivemos o Entrudo,
que nos foi trazido pelos colonizadores portugueses.
O Entrudo englobava uma série de brincadeiras,
que variavam de acordo com o local
e com os grupos sociais envolvidos.
Consistia no lançamento de farelos, farinha, água,
no bate bola do Clóvis entre outras.
Tinha o  Entrudo Familiar,


e o Entrudo Popular.



 Atualmente  o Rio de Janeiro (Brasil),
criou um estilo de fazer carnaval
com desfiles de escolas de samba.
   

Outras cidades brasileiras,
e até do mundo,
 estão seguindo esse estilo de fazer carnaval.
                                                

 Assim como outras festas profanas
a Igreja Católica não teve como abolir,
e passou então a incorporá-la em seu calendário.
O Carnaval acontece 47 dias antes da Festa da Páscoa.
Essa medida foi tomada em 590 d.C.
Esse período de festas
denominado carne levale (adeus a carne),
 deu origem ao termo Carnaval,
e a Igreja adotou a abstinência de carne,
para depois dessa festa
no período a que chamamos de Quaresma.





Carnaval continua até hoje
sendo dias de festas e muita alegria.


 Você pode ser a colombina e ele o pierrot,


 a melindrosa e ele o malandro,


 um pirata, um super homem,
ou mesmo um palhaço.




 O que usamos não tem importância.
O que importa é que nossa essência não se modifique.
Não importa onde estamos e o que vestimos.
Só não vale ser falso,
aproveitando "a fantasia"
e tirar proveito dela.

Seja qual for a fantasia,
temos sempre que ser pessoas verdadeiras.



segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

...Mensagem diaria ...

                                                             





domingo, 24 de fevereiro de 2019

... Um homem, seu cavalo e seu cão ...

                                                           

                     Conto de Paulo Coelho

Um homem, o seu cavalo e o seu cão 
iam por um caminho.


 
Quando passavam perto de uma árvore enorme,

caiu um raio  e os  três morreram fulminados.

Mas o homem não se deu conta
de que já tinha abandonado este mundo,
e prosseguiu o seu caminho
com os seus dois animais.
(às vezes os mortos andam um certo tempo
antes de tomarem consciência da sua nova condição…)
O caminho era muito comprido e, colina acima,
o Sol estava muito intenso.
Eles estavam suados e sedentos.
    Numa curva do caminho

viu um magnífico portal de mármore,
que conduzia a uma praça pavimentada
 com portais de ouro.


O caminhante dirigiu-se ao homem
 que guardava a entrada
e travou com ele, o seguinte diálogo:
- Bom dia.

E o guardião respondeu:
- Bom dia.
- Como se chama este lugar tão bonito?
- Aqui é o céu.
- Que bom termos chegado ao Céu,
 porque estamos sedentos!
- Mas só você pode entrar e beber quanta água queira.
E o guardião apontou a fonte.
- Mas o meu cavalo e o meu cão também têm sede...

- Sinto muito,
 mas aqui não é permitida a entrada de animais.

O homem agradeceu e saiu, com grande desgosto,
visto que tinha muitíssima sede,
mas não pensava em beber sozinho,
 e seguiu adiante.
Depois de caminhar

 um bom pedaço de tempo encosta acima,
 já exaustos os três, chegaram a um outro sítio,
cuja entrada estava assinalada por uma porta velha
que dava para um caminho de terra ladeado por árvores...
À sombra de uma das árvores estava deitado um homem,

com a cabeça tapada por um chapéu.
Dormia, provavelmente.


O caminhante aproximou-se e disse:
- Bom dia.
 O homem respondeu com um aceno.
- Temos muita sede, o meu cavalo, o meu cão e eu.

O homem calmamente respondeu
 apontando para um lugar.
- Há uma fonte no meio daquelas rochas.
Podeis beber toda a água que quiserdes.
O homem, o cavalo e o cão foram até à fonte
e mataram a sua sede.
O caminhante voltou, para agradecer ao homem.
- Podeis voltar sempre que quiserdes.

- A propósito, como se chama este lugar?
- CÉU.
- Céu?
Mas, o guardião do portão de mármore
disse-me que lá é que era o Céu!
- Lá não é o Céu, lá é o inferno.

O caminhante ficou perplexo.
        - Deverias proibir que utilizem o vosso nome!                
Essa informação falsa
 deve provocar grandes confusões!
- De modo nenhum! 
Na realidade, fazem-nos é um grande favor.
- Favor ?  Como ? 
Porque ficam lá,
  todos os que são capazes de abandonar
os seus melhores e verdadeiros amigos…



Carpe Diem !!!



quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

... Mensagem diaria ...

                                                                








sábado, 16 de fevereiro de 2019

... Mensagem diaria ... (bem humorada)