A Sabedoria do Silenciar
(Felipe Aquino)
Até os insensatos quando se calam passam por sábios.
que a eloquência é, muitas vezes,
uma maneira de exaltar falsamente o que é pequeno
e de diminuir o que é, de fato, grande.
A palavra pode ser mal-usada,
mascarada e empregada para a dissimulação.
É por isso que os sábios sempre ensinaram
que só devemos falar alguma coisa
“quando as nossas palavras forem mais valiosas
que o nosso silêncio”.
A razão é simples: nossas palavras têm poder
para construir ou para destruir.
Elas podem gerar a paz, a concórdia,
o conforto, o consolo,
o conforto, o consolo,
mas podem também gerar ódio, ressentimento,
angústia, tristeza e muito mais.
angústia, tristeza e muito mais.
“Mesmo o estulto, quando se cala, passa por sábio,
por inteligente, aquele que fecha os lábios” (Pr 17,28).
por inteligente, aquele que fecha os lábios” (Pr 17,28).
sobretudo quando estamos em uma situação difícil,
quando é preciso mais ouvir do que falar,
mais pensar do que agir, mais meditar do que correr.
Tanto a palavra quanto o silêncio revelam o nosso ser,
a nossa alma, aquilo que vai dentro de nós.
JESUS disse que,
“a boca fala daquilo que está cheio o coração” (Lc 6,45).
Basta conversar por alguns minutos com uma pessoa
que podemos conhecer o seu interior
revelado em suas palavras;
revelado em suas palavras;
daí a importância de saber ouvir o outro com paciência
para poder conhecer de verdade a sua alma.
Sem isso, corremos o risco
de rotular rapidamente a pessoa
de rotular rapidamente a pessoa
com adjetivos negativos.
Sabemos que as palavras
são mais poderosas que os canhões;
são mais poderosas que os canhões;
elas provocam revoluções,
conversões e muitas outras mudanças.
conversões e muitas outras mudanças.
muitas vezes, chama a nossa atenção
para a força das nossas palavras.
“Quem é atento à palavra encontra a felicidade” (Eclo 16,20).
“O coração do sábio faz sua boca sensata,
e seus lábios ricos em experiência” (Eclo 16, 23).
“O homem pervertido semeia discórdias,
e o difamador divide os amigos” (Eclo 16,28).
e o difamador divide os amigos” (Eclo 16,28).
“A alegria de um homem está na resposta de sua boca,
que bom é uma resposta oportuna!” (Pr 15,23).
Nossas palavras devem sempre ser “boas”,
isto é, sempre gerar o bem-estar, a edificação da alma,
o consolo do coração; a correção necessária com caridade.
Se não for assim, é melhor se calar.
São Paulo tem um ensinamento preciso
sobre quando e como usar a preciosidade desse dom
que DEUS nos deu que é a palavra:
“Nenhuma palavra má saia da vossa boca,
mas só a que for útil para a edificação,
sempre que for possível,
e benfazeja aos que ouvem” (Ef 4, 29).
e benfazeja aos que ouvem” (Ef 4, 29).
quando a agitação da alma cessou;
quando a brisa suave substitui a tempestade;
quando a SUA palavra cala fundo na nossa alma;
porque ela é
“eficaz e capaz de discernir os pensamentos de nosso coração”
( Hb 4,12).